sexta-feira, 20 de junho de 2014

uma mensagem de amor.

Engole. Toma, toma logo. Sem água que é pra descer rasgando. Vem sentir o intrínseco desse veneno; eu quero te dar. Ou você acha que amor não é veneno? Amar é coisa de miserável. E como é bom fazer parte deles! Eu não amo o que não tenho. Mas poderia. Ilumino minhas poucas certezas sem limpar a minha bunda com dinheiro. Piedade! Dessa minha alma oca, podre, covarde, imatura e lisa. É preciosa a coragem. É preciso tê-la. Eu não sou fraca assim. Posso sentir cada parte de meu corpo tremendo apenas por ver seu colo nu. Piedade! Eu tenho coragem. Agora sim. Sei exatamente que as linhas de minhas mãos transcorrem o seu passo. E as suas, idem. Eu quero implorar para que tome do meu veneno. Desse que eu insisto em querer te dar. É bom. Doce. Meigo. Amigo.  Amoroso. E sincero como nunca havia sido antes. Vem. Chega aqui perto. Escuta pelos seus olhos o que os meus têm pra te falar. Vem cá, deixa eu sentir o gosto forte do seu corpo. Vem ser a brisa que abranda meu corpo. Perdão! Por piedade. Eu não sei se somos tudo o que precisamos, nem sei se precisamos. Na verdade eu só preciso de água. Mas você mata minha sede com goles iguais aos de água com cubos de gelo. Ah, Leca. Se você soubesse o quanto eu quero resolver para que tudo seja lindo como sempre foi. Aqui e agora eu sei que eu gostaria que você estivesse. Para que eu pudesse não estar escrevendo tais linhas pouco claras e tortas. Eu queria dizer. No pé de seu ouvido. Balbuciando, sem falar. Talvez eu tenha cometido o maior erro da minha vida deixar com que você se fosse. Mas uma coisa eu digo. Se for um 'nunca mais', seja de qual das partes vier, foi um 'sempre me lembrarei'. De cada detalhe. De cada feição; e companheirismo; e carinho; e paixão. E de cada dia, noite, madrugada. Em que me entreguei de corpo, alma e coração. Eu não sei se o meu plano é bom. Mas evolui a cada sonho. E não se esqueça. Jamais. Você foi, e é, e sempre será: o que me fez descobrir o sentido de estar viva, já que quando morta não vou mais te poder ver sorrir. E não, eu não quero perder nem mais um segundo sem ver os seus lábios se abrindo e mostrando cada parte de dentes que eu tanto gosto de sentir mordendo a minha nuca. Sei que errei. E eu estou aqui pedindo piedade. Um pedido honesto de perdão. Meu coração está na mão. E você mora em mim. Faz de meu colo a sua casa. E de meu amor o fogo de seu desejo. Da porta, você já tem as chaves. E se você perdê-las, eu a abro pra você. Eu não sei direito a hora que tenho que dizer o que tenho pra te dizer. Não sei o que fazer. Só sei da festa que eu vou dar, bem na hora em que você me entrar.