sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

boas novas.

Estão chegando as boas novas! Mas sem essa de colocar a razão disso nas mãos de um ano que ainda está por vir. As coisas boas acontecem independentemente de uma data especial para isso. Elas simplesmente vêm. E vêm com tudo pra quem sabe receber. E é essa a minha mensagem final. Que tudo corra da melhor forma possível, seja no Natal, seja no dia de finados. Lágrimas secas, sorrisos molhados. É, isso é o mais importante. Sorrir, sempre. Porque a felicidade só é completa quando a gente tira até dos piores momentos um motivo pra ser feliz.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

cores.

Às vezes as pessoas me perguntam se o que eu escrevo é escrito para alguém. Muitas das vezes eu respondo que não. Claro, a literatura é ficção. Mas sim, o que eu escrevo tem um destinatário. É impossível escrever sem colocar o amor que sinto em cada letra, em cada palavra, em cada linha. É um amor puro, por um alguém que eu já não conheço. Engraçado isso, amar alguém sem conhecer. Acontece, fazer o que. A única certeza que tenho é a de que o meu amor é maior do que eu mesma. O meu amor é grande. Grande mesmo, sabe? Do tipo enorme. Mas ah, eu me cansei de amar tanto assim. Eu acho que quando a gente ama tanto, quando o amor pelo outro ultrapassa a grandeza do amor que sentimos por nós mesmos, já não faz bem. E é isso que eu tenho sentido. Um amor que me ultrapassa. Que me cega. Que não me permite ver qualquer outra cor no mundo. Eu só vejo a cor dela. E chega! Eu quero ver tudo. Vermelho, branco, preto, azul. Eu quero poder olhar e dizer, puxa, estou liberta. Puxa, como amá-la foi bom. Mas amar-me, com tanta força, é ainda melhor. 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

breu.

Hoje está tudo claro. É claro que as nuvens estão sorrateiras e as estrelas não brilham. Mas está claro. Claro como a escuridão. Talvez seja pela falta que ela me faz. Talvez seja porque a solidão me envolve a carne. Mas que pretensão a minha: achar que o céu está assim por mim. Se o céu está assim, escuro, é por culpa dela. Foi ela quem não veio. Foi ela quem me deixou. Só. E agora que meus lençóis já não marcam o nosso amor, que nossas bocas já não se pintam de carmim, que nossos desejos já não têm o mesmo fim, eu fico aqui, pensando. Talvez o céu esteja assim, tão escuro, tão limpo de estrelas, pelo simples fato de estar cheio de esperanças de que o sol nasça logo. Talvez o céu esteja assim pelo simples fato de estar tarde. Pelo simples fato de eu estar indo tarde.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

cinzas.

Sinto que o amor tem um fim. Sim, ele morre. E, no caso do meu, pediu-me para ser cremado. Quanto às cinzas? Joguei pro mar. É a minha tentativa de fazê-lo voltar com o vento. É a minha última tentativa de fazê-lo voltar com uma onda, como uma onda. Voltar e me fazer feliz novamente. Mas, como acontece com toda onda, as águas que ali passam são diferentes. E é esse o meu desejo agora. Desejo que o amor venha. De cara nova, alma limpa e muito, muito vigor. É desesperador, não? Queimar o amor para que ele volte? Essa sensação de que o amor é uma fênix me revigora. Ele pode, sim, morrer e voltar das cinzas.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

equívoco.

É noite.
E eu aqui, insone.
Madrugada adentro eu fico pensando.
É, o meu maior erro foi te amar demais.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

gesto.

Se segurarem minhas mãos, a palavra some. Eu tenho que gesticular. O gesto faz com que as palavras sejam poesia. Tudo o que se fala, se dito também com as mãos, soa maior. Mais verdadeiro. É como amar. Não bastam as palavras, mas sim os gestos. Enfim. Amar é bom. Mas por que diabos essa tal felicidade tem que doer? A menina dos olhos castanhos costumava-me guiar, usando apenas o brilho dos olhos, em plena escuridão. Afagava-me a pele. Tocava o que pulsava em mim. Dizia-me palavras bonitas. Lia o meu cantar. Naufragava-me em meio a seus beijos. Mentia que me amava. Fazia-me sangrar. Porque pra que eu fosse feliz precisava sentir essa dor aguda. Que vem de dentro e esquenta todo o corpo por fora. Mas a dor passou. Assim como a felicidade. Ela bem que podia dizer que ainda me ama. Com palavras. E com as mãos. Soaria maior. Mais verdadeiro. Mas que diabos! Era tanto nó pra desfazer, então por que logo nós?

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

só para ti.

Só para ti eu guardei meus sonhos.
Guardei meus anseios.

Só para ti eu guardei meus segredos.
Guardei até as minhas mentiras.

Só para ti eu guardei meu fogo.
Guardei o meu amor.

Só para ti eu guardei minhas certezas.
Guardei meu corpo nu.

Só para ti guardei o céu.
Guardei o sol.
O sol para ti.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

incerto.

Com o tempo eu aprendi que não devo colocar a minha felicidade nas mãos do outro. O outro não nasceu ao meu lado, não passou a vida ao meu lado, não vai morrer ao meu lado. Infelizmente, tenho que ser egoísta nesse ponto. Se não for assim, eu vou ficar à deriva, sempre. Como um barco sem rumo. E eu não quero isso pra mim. Olha, desculpa, mas tenho que dizer. Caso você não me queira mais, nunca mais, eu não vou sangrar. Não vou mais sentir dor alguma. E tá, tá tudo certo se você não me quiser. Eu vou sofrer um pouco, pouco não, seria amenizar, mas sangrar? Sangrar nunca mais. Eu não quero mais perder um segundo alimentando a ilusão de que você me pertence, de que um dia vai estar tudo bem, a gente vai se juntar. Eu não posso ficar nessa espera. Eu não posso, não devo e não quero esperar. Se for pra ficar, vem pra mim agora! Você tem essa escolha. Eu já fiz a minha. Não sei se estou certa, mas certeza a gente nunca tem. Certo?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

os cinco elementos.

Sempre ouvi dizer que eram quatro, os elementos. Água. Fogo. Terra. E ar. Hoje, indo a mais uma de minhas terapias habituais, descobri que não. São cinco. Acrescente àqueles mais um: o espírito. É ele quem une todos os outros. É ele quem junta tudo e faz virar uma completude de ideias. Água é a maior parte do nosso corpo. Fogo é o que nos dá prazer, tesão, vivacidade. Terra é o conjunto das coisas mundanas, dinheiro, bens e o escambal. Ar é o que nos nutre, é nossa comida. Espírito é o que nos move, nos dá coragem para viver. Enfim, é a essência da vida incorpórea. Precisamos estar em harmonia com  os cinco elementos para vivermos bem. Isso, é claro, se quisermos ser os protagonistas de nossas vidas.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

eu, um fragmento.

A noite ilumina-se pela luz de uma vela. E, ainda que com seu calor, faz frio. É que tudo agora parece maior. Os cacos. A solidão. Tudo faz com que minhas mãos sejam levadas ao alto. Bem estiradas, para tentar agradecer. Agradecer pelo simples fato de termos nos conhecido. De termos vivido uma história. Foi bom. Talvez, mágico. Abafo meus gritos para que, em silêncio, eu possa te dizer. Não. O amor não chegou ao fim. Ainda me esquento pelo calor da vela que você deixou alumiada em meu quarto. Ainda olho sua foto, perplexa, por não acreditar que acabou.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

luz e trevas.

Costumo dizer que a vida tem dois caminhos. Mas sem essa de certo ou errado. Tem-se o lado esquerdo e o direito. Um denota luz. O outro, trevas. Bom seria se todo mundo conseguisse andar no meio. E até acho que a gente consegue. Claro que sim. Andamos no meio. Mas sempre tem aquela hora em que rompemos para um lado. O ser humano não passa de um pêndulo. Hora está em trevas, ora está em luz. É inevitável. A vida é assim. Claridade e sombra. Medo e coragem. Amor e ódio. O mais relevante é saber como sair de cada situação da melhor forma possível. Se uma porta é fechada, pule a janela. Se o atalho, que até então parecia melhor, estiver cheio de pedras, passe pelo caminho mais longo. Talvez lá esteja o ouro que você tanto procura. Talvez lá esteja o amor, maior tesouro que se pode encontrar.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

tempestade.

Era madrugada de quinta-feira, certamente o verão ainda não chegara. O céu tímido, muito escuro. Nada de sol ou lua para iluminá-lo. Meu corpo só era corpo. Nada de alma ou coração para despertá-lo. Eu sentia cansaço e um sono tão agudo e profundo que chegava a doer. Foi quando caiu a primeira gota. Gelada. Em meu rosto parecia que acabara de cair uma lágrima. Mas não era uma lágrima que me pertencia, mas sim àquela nuvem negra. Fazia um barulho estonteante, que assustava a qualquer pessoa que ainda caminhava nas ruas da cidade. Os ventos se encorajavam naquele instante. E eu ali, esperando pelo cair da segunda lágrima, digo, da segunda gota. Quando dei por mim aquela nuvem negra chorava com uma intensidade emocionante. Foi quando me vi chorando também. Fosse por tristeza, fosse apenas para fazer companhia ao céu. Sentia meus dedos dos pés dormentes. As mãos estavam trêmulas de tanto frio. Despi-me inteiramente para sentir aquele aguaceiro cair pelo meu corpo; sempre gostei da chuva. Fosse pelo cheiro de terra molhada que me remetia à minha infância, fosse pelo simples fato de me sentir novamente de alma limpa depois de um banho. Dali, onde estava, via uma mulher se escondendo por debaixo de um toldo e, subitamente, atentei-me ao que ela fazia. Parecia ser muito bonita, pelo menos de longe era essa a impressão que eu tinha. Fui até lá. ''O que quer de mim?", ela disse. ''Do rosto eu quero a maçã, da boca uma mordida", respondi. Ela me pareceu assustada com aquelas palavras, mas continuei a seu lado, nua, esperando que ela falasse que queria o mesmo. Antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa, ela levantou-se e deu-me um abraço que há muito eu não recebia. Saimos dali e fomos andando de encontro à tempestade. Foi ai que ela me beijou. E foi ali, naquele momento, que toda a dor que eu sentia acabou-se instantaneamente. Foi o beijo mais molhado que eu já dera em toda a minha vida. De mais sabor. De mais intensidade. Ela se despiu também e fizemos amor. Na rua. Chovendo muito. Mal acabamos e ela disse que teria que ir embora. Nessa hora a tempestade abria lugar para o nascer do sol. Eu disse não, mas nem assim se pode evitar. Ela se foi. Não sei seu nome. Não sei onde mora. Não sei onde posso encontrá-la. Mas de uma coisa eu tenho certeza: eu vou estar naquele mesmo lugar toda vez que se fizer tempestade. Quem sabe então assim, ela não volte para mim? Daquele lugar onde minha alma e meu coração voltaram a habitar meu corpo, daquele lugar eu jamais poderei esquecer.  

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

aritmética.

Divida segredos.
Subtraia medos.
Some beijos e carinhos.
Multiplique afeto.

Torne a dividir, agora sonhos.
Subtraia novamente, agora melancolia.
Some mais abraços.
E multiplique, por mil, por milhões,
todo o amor que sente por mim.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

virtude.

O sol ainda estava a pino. E quente, como o amor que eu sentia por ela. Era tão bonito olhar para o céu e imaginar que ela também olhava. E ficar lendo o desenho das nuvens. Será que ela também fazia aquilo? Será que ela também pensava em mim naquele instante? Bastava-me o imaginar. Se fosse ou não verdade, já não me era relevante. Porque o que eu sentia me supria de tal forma que meu coração já não se importava se o amor era ou não recíproco. O meu coração só queria amar. Amá-la. Amar-te. A pino. Quente. Fortemente.  A lua ainda estava cheia. E bela, como o rosto dela. Era tão bonito olhar para o céu e imaginar que ela também olhava. E ficar lendo o desenho das estrelas. Será que ela também fazia aquilo? Será que ela também pensava em mim naquele instante? Bastava-me o imaginar. Se fosse ou não verdade, já não me era relevante. Porque o que eu sentia - digo, o que sinto - me supre de tal forma que meu coração já não se importa se o amor é ou não recíproco. O meu coração só quer amar. Amá-la. Amar-te. Desejar-te. E nunca. Nunca mais perder-te.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

por favor, me vê uma dose de vida.

Tudo o que eu queria agora era um pouco mais de saúde. Poder andar tranquila por ai sem ouvir coisas que me assustam. Estou bem. Amando, sendo amada. Mas a saúde me preocupa. Até quando ficará essa angústia no meu peito? Até quando eu vou querer que minha vida se acabe no momento em que estou mais viva? Até quando vão me encher de doses e mais doses para que eu fique sã? Eu não quero doses de remédios. Quero doses de conhaque. Quero doses de paixão. Quero doses de vida. De resiliência. Hei, alguém ai, consegue me escutar? Eu quero uma dose dupla de vida! De paz. De espírito. De alma, limpa e renovada. Não, essas vozes que eu escuto não querem que eu fique bem. Mas eu sinto que talvez seja mais forte que elas. Aliás, eu sou tão fraca que temo sucumbir. A que ponto eu cheguei.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

não culpe o destino.

As pessoas têm mania de colocar a culpa no destino para justificar sua incompetência. Eu não. Sei que não existe essa coisa de linhas já traçadas. O que existem são dois caminhos. A vida. E a morte. Quem escolhe é você. Não digo a morte de corpo em si, mas a de espírito. Afinal, do que adianta viver só de aparências se a verdade é que a alma já está morta? Nada. Eu tenho medo, muito medo do meu espírito estar morto. De ficar aqui, cambaleante, caindo de esquina a esquina sem saber em que rua quero chegar.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

anotações.

Sou facilmente irritável. Qualquer coisinha fora do lugar me enche a cabeça. Entender o que se passa nesse mundo me instiga. A gente sempre quer saber o por quê de cada motivo, o por quê de um dia ter que morrer. Mas não, nunca entende. A gente não entende nem a gente mesmo. Diga ai, quem é você? Não sabe? Logo vi. Entender a vida é para poucos. A morte então? Acho que nem Deus é capaz de explicar. É uma questão de aceitar as coisas como elas são. Porque não há outro jeito. É preciso viver fazendo as coisas que mais se gosta. Ouvir aquela música. Declarar-se para aquele alguém. Comer aquele chocolate. Enfim. Dizer tudo que se pensa sem medo do que vai ouvir em resposta. Porque a vida termina tão rápido quanto começa. E, depois de findados, seu corpo, sua alma, nada, nada mais vai lhe pertencer.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

assim como.

Sinto que o amor é urgente
Assim como o ar que eu respiro
Assim como a água que eu bebo
Assim como o beijo que ela me dá

Sinto que a paixão é fogo
Assim como o cobertor que me esquenta a pele
Assim como o vapor quente dos lábios dela nos meus
Assim como o meu corpo quando encontra o seu sexo

Sinto que a saudade é felicidade
Assim como o sorriso de uma criança
Assim como o abraço de um velho amigo
Assim como saber que eu lhe tenho

Tê-la?
É urgente.
Senti-la?
É fogo.
Amá-la?
É felicidade.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

saudade viva.

Estou nua. Vestida apenas de saudades. Quando foi que nos amamos pela última vez? A espera me atormenta. E vai me matando aos poucos. Eu quero tê-la por perto. Se não for pedir muito, o tempo todo. Eu não quero que você mude por mim. A perfeição não existe. E não vou ser eu a querer que ela esteja presente. Seria pretensão da minha parte. A gente tem vidas diferentes. Amigos diferentes. Amores diferentes. Enfim. Viva a sua vida. Eu vou viver a minha. Mas quando der, se você quiser, que tal nos juntarmos até sermos uma pessoa só? Vem, meu bem. Que o dia é uma criança. A noite? Já está bem crescidinha. E eu espero o tempo que for para ter você por inteira só pra mim.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

só por hoje.

Eu não quero ficar só. Não me aguento por muito tempo. Mas, ao mesmo tempo, fico pensando se o problema não sou eu. Será que sou eu quem faz tudo errado? Eu tento, tento de novo e tento outra vez. Será que é preciso que eu me mude por inteiro pra que as coisas comecem a dar certo pra mim? Só por hoje eu queria você aqui, bem perto de mim. Só por hoje, meu amor, eu lhe imploro; não faça meu coração sofrer ainda mais. Só por hoje diga que me ama. Ou suma de uma vez. É, eu preciso dessa certeza. Não suporto mais um romance de papel. Quero um romance que nada pode apagar. Que me escreva na pele, corpo inteiro. E que carregue consigo minh'alma. Pelo menos por hoje. Você pode fazer isso por mim?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

o vício da transgressão.

Assim como um vigário precisa ir à missa, eu preciso da transgressão. Ela me move. Me instiga. Me provoca. É sempre assim, estabeleço limites e... pronto! Estou pronta para transgredi-los. Eu acho que todo ser humano deveria fazer o mesmo. Não digo cair em mentiras, falsas promessas ou o escambal. Mas digo que é preciso se arriscar. Atravessar, exceder, ultrapassar. E sim, parece a mesma coisa. E é. O importante é que a gente precisa achar um meio de se extirpar de tudo aquilo que faz mal. E, no meu caso, a transgressão é a saída. E o meu modo de transgredir é esse: escrever. Eu escrevo tudo aquilo que eu sinto, que eu vejo, que eu ouço, que eu toco. Fazendo isso eu sinto que estou arrancando todo o mal pela raíz. Estou me libertando do meu mal maior: eu mesma.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

o tempo traz você de novo.

Às vezes a gente pensa que as coisas acabam. Mas ai, vem o tempo, o milagroso tempo, e traz tudo de volta. É como um sapato velho. A gente cisma em não calçar e, de repente, se vê com ele. Talvez por quê aquele sapato velho é o que melhor te calça. É o que te traz conforto. Segurança. E você ama cada pedacinho daquele velho caco. Às vezes a gente pensa que as coisas acabam. Mas ai, vem o tempo, o milagroso tempo, e traz tudo de volta.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

hoje é o dia "d".

Dia de ver a cidade a se esconder.

- A lua está linda. (disse ela)
- Linda mesmo está você. (disse eu)
- Vamos esperar até que o próximo dia nasça?
- A cidade dorme.
- Mas estamos acesas.
- Então faremos amor.
- Amor? Mas o amor não mata?
- Não. O amor faz renascer.

Dia da veracidade a se esconder.

- Era eu? Ou era você? (perguntei eu)
- Era você. (respondeu ela)
- Mas é que para mim somos um só. 
- Então éramos nós.
- Não entendo.
- Você disse que somos um.
- Mas você disse que era eu.
- Era você.
- Não éramos nós?
- Jamais seremos nós.

- Então seremos eu e você.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

inseguro.

Estou naqueles dias em que ando desconfiando da minha própria sombra. É como não achar lugar no mundo que seja seguro. Nem mesmo o meu corpo. É que eu andei ouvindo absurdos de pessoas que deveriam ser aquelas que mais me apoiassem. Mas não. Talvez eu tenha me iludido um pouco com essas tais. A verdade é que a gente, no caminho que é a vida, sempre se decepciona com alguém. Mas é tão mais duro quando essa pessoa é alguém que diz que te ama! Mas eu não posso deixar que palavras me machuquem. Que me empurrem desfiladeiro abaixo. Ou que me façam sentir um nada. Não. Não quero que me digam o que eu devo ou não fazer. Como eu devo ou não proceder; porque é engraçado: a gente faz dezoito anos e fica grandinho para muita coisa. Mas ai, para aquelas coisas que são exatamente as mais importantes na vida, como a escolha de uma profissão, ou de um amor, vem as pessoas dizendo que a gente não sabe o que faz. Espera ai! Se eu estou grandinha para ter responsabilidades, por quê não para assumir as minhas próprias escolhas? São coisas que eu e, acho que você, que todos nós, nunca vamos entender. Está além do entendimento. É hipócrita. E totalmente sem sentido. Mas uma coisa eu posso garantir a você, sim, a você que me disse aquelas palavras duras. Horríveis. Hipócritas. E totalmente sem sentido. Não, os sonhos não são para os fracos.

sábado, 30 de julho de 2011

derrota.

E depois de tudo esse é o fim. Céu por inferno eu prefiro o segundo. Lá eu tenho mais amigos.

domingo, 24 de julho de 2011

profundo.

Quem foi que deixou que você me olhe assim?
Seus olhos são tão pretos.
Tão profundos.
Marcam tanto que chegam a ferir minha carne.

Quem foi que deixou que você me toque assim?
Suas mãos são tão lisas.
Tão profundas.
Marcam tanto que chegam a tocar meu sangue.

Quem foi que deixou que você se fosse assim?
Seus passos são tão longos.
Tão profundos.
Marcam tanto que chegam a ser saudade.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

a menina e a lua.

Era uma vez uma menina que conversava com a lua. E não havia nada que as separasse. Apenas a distância entre elas. Elas se olhavam madrugada adentro. Era um caso de amor. A lua sempre respondia o que a menina gostava de ouvir. E sim, essa menina era eu. Eu costumava conversar com a lua quando mais jovem. Eu tentava tocá-la a todo instante. Achava aquilo lindo. Nova, cheia, minguante. Eu esperava ansiosa pela chegada da noite. E pronto! Lá estava ela. Deslumbrante. Brilhante. Rodeada de seres um pouco menores que ela. Eu não faltava um só dia. Ia até a varanda, olhava pro alto e disparava a falar. Eu me sentia acompanhada, mesmo tão só. Era ela a minha companhia. A lua sempre me dizia o que eu queria ouvir. O tempo foi passando, a menina cresceu, a lua foi distanciando-se e fim. Fim do caso de amor. É que a lua parou de dizer o que eu gostava de ouvir. Meu pensamento já não era meu. E eu comecei a entender que aquela garota era ingênua demais. A lua nunca havia respondido nada. A voz que ela ouvia era a sua própria. E, agora, ela não se importa mais com o que a lua tem a dizer. A verdade dói. A minha verdade dói.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

hábito.

Estou acostumando-me a perder amores. E começo a achar que a verdade é que eu nunca os tive.

domingo, 3 de julho de 2011

estúpida retórica.

Não é novidade falar de amor. Eu sempre falo disso. Desse sentimento que toma o corpo, a alma, o coração. O amor não pode se tornar uma doença. Não é sadio que se torne isso. Quando a gente pensa em doença, logo vem à cabeça algo que precisa de remédio. O amor não é assim. O amor não precisa de remédio. Porque o remédio já é o ato de amar. E não, nenhum amor é como o primeiro. O primeiro a gente não se esquece. Ele enlouquece. Ele tira todo o ar. A gente passa a querer ser um só, em corpos de dois. E é por isso que eu me lembro. Enlouqueço. E me perco. Em meio a tanto ar.

terça-feira, 14 de junho de 2011

terno.

A felicidade murcha como as flores. E não adianta regar. Não adianta por ao sol. Nada adianta. Ela simplesmente murcha. Seja pela convulsão mental de quase todos os seres que habitam o mundo, seja porque o próprio futuro se tornou incerto pra você que, assim como eu, necessita edificar um porvir. Não obstante, apesar deste panorama desalentador, repleto de dor, é-me permitido dizer que por maior que seja a amargura, confie em você. Somente em você. Eis aí a verdadeira súplica: a que expressa a verdade com a própria vida. É uma questão de sentir o palpitar da eternidade. Nada dura para sempre. Nem a flor. Nem a dor. Nem a culpa. Nem mesmo o amor. Tudo se acaba um dia. E só o que resta é você. Com suas histórias, seu fardo. Seu árduo fardo. Somente quando conseguires atenuar seu coração, quando conseguires separar a ideia de felicidade da ideia de plenitude, somente quando conseguires atingir a magia do sentimento, ai então, meu amor, seu coração será aproximado ao meu, com fervente anelo de penetrar em meu pensamento e, só assim, tornar-se eterno. E terno.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

não vá dizer.

Não vá dizer que eu me comportei errado com você.

Que eu fiz tudo errado pra nós dois.

Não vá dizer que eu não estava apaixonada por você.

Que eu não fazia planos pra nós dois.

Não vá fazer o que eu cometi de errado com você.

Eu sempre menti muito pra nós dois.

Mas agora que estamos separados,

na minha vida, tem tudo dado errado!

Abra os olhos para ver se me vê.

Sinta o meu cheiro.

Abra a boca pra ver se me quer!

E ai não vá dizer que eu não lhe avisei.






terça-feira, 24 de maio de 2011

sou seu.

Sou seu dia e sua noite
Sou seu escuro e seu clarão
Sou seu imã e seu refúgio
Sou sua história e seu vilão

Sou seu caso e seu descaso
Sou seu lençol e seu colchão
Sou seu amor e seu ódio
Sou seu desejo e paixão

Sou seu por inteiro
Sou ainda mais quando nu
Sou eu o seu paradeiro
Quando lhe vejo cru

quarta-feira, 4 de maio de 2011

o peso de uma lágrima.

A lágrima tem gosto de mar. E carrega o peso de um oceano. A lágrima que me escorre no rosto não é porque eu não consigo esquecer. Porque o difícil mesmo é lembrar. Esquecer a gente esquece. Basta pegar uma borracha, passar no passado e... passou. Mas não. A lágrima que eu carrego é por não conseguir me lembrar. De mim. Sabe quando a gente não consegue se lembrar da gente mesmo? É isso o que eu estou sentindo. Falta de mim. De me sentir. De me lembrar com alegria, sorriso no rosto e fim. É como uma ferida que parece estar fechada, mas a verdade é que a cicatriz esconde uma podridão incrivelmente imensa. A lágrima que eu carrego pesa como uma ausência. Pesa como a solidão. Pesa como a dor da morte. Pesa como o peso de não ter alguém que se ama por perto.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

caso você queira voltar.

É incrível como uma pessoa pode levar consigo um pedaço da gente. Foi o que ela levou de mim. Um pedaço. O meu melhor pedaço. Da alma. E do coração. Aqui ficou um buraco que ninguém pode tapar. Uma ferida que fere e não sara. É como uma doença rara, não há tratamento. Não há médico, mesmo que o melhor, que consiga me salvar dessa morte em vida. Porque é assim que eu me sinto. Morta. As coisas até que andam dando certo pra mim. Mas o que adianta ganhar na loteria sem tê-la aqui para fazermos planos? O que adianta poder viajar mundo adentro sem tê-la ao meu lado dizendo que direção tomar? Comecei esse texto dizendo de incredulidade. E quer coisa mais incrível que poder voar? Eu digo o voo livre, desses sem pára-quedas ou avião. Mas sabe, a queda se parece com o voo por alguns instantes. Você ali, caindo, esperando apenas o bater das asas que você não tem e ai, pronto! Se quebra todo quando cai no chão. Não é assim que você se sente longe de mim? Uma pobre criatura indefesa, quebrada, faltando os tais pedaços, ao chão? Porque eu vou te dizer. É assim que eu me sinto estando longe de você. Um nada. Um vazio. Um buraco. Um peso. Alguém repleto de solidão. Eu costumava rir mais. Eu costumava gostar mais da vida. Eu me sentia bem. E eu estou cansada de não gostar dessa parte que sobrou de mim. Olha, eu tenho muito mais pra te dar do que já dei um dia. Caso você queira voltar, eu estarei de braços e abraços abertos pra te receber. Caso você queira voltar, lembre-se de trazer de volta o que levou de mim. Caso você queira voltar, te levarei às estrelas para que possamos ver o mundo do alto. Caso você queira voltar, vai me encontrar refeita. Caso você queira voltar, vai ver que meu amor por você aumentou. Apesar de estar morrendo de raiva de você ter me deixado. Minha mãe me ensinou que a gente não deve temer a morte, mas sim viver tudo que há pra viver enquanto vivos. E é isso que eu te peço. Viva. Ame. Ame-me. Mas não deixe de viver. Porque amanhã tudo pode se acabar. E ai não vai sobrar tempo pra se corrigir os erros, caso você queira voltar.

terça-feira, 12 de abril de 2011

de uma viagem.

Seus olhos me vêem olhando para o infinito. Era lá onde eu estava quando com você: no infinito. Eu estava tão longe que podia ouvir o som do meu grito. Você é o meu infinito. O meu ‘’infinito particular’‘. Com você eu sinto sensações que eu nem imaginava que existiam. Com você o céu é aberto. O azul é azul. As nuvens são feitas de algodão-doce. Com você meu dia tem trinta horas. Meu calendário vai de sexta a domingo. Meu coração bate bate e, de repente, fim. Eu esperei o amor chegar e me trazer você. Com meu sentido confundido, digo: A felicidade batendo à minha porta e, ooooh, que surpresa! A felicidade era você em imagem.

terça-feira, 5 de abril de 2011

o que você me traz.

Mãos trêmulas.
Coração disparado.
Vontade de ter o tudo que há no nada.
Borboletas no estômago.
Brilho no olhar.
Estar apaixonada:
isso pra mim é viver.

terça-feira, 29 de março de 2011

a minha menina.

Quem é aquela menina que canta uma melodia? É a menina dos olhos castanhos. É a menina dos cabelos compridos. É a minha menina. Menina com jeito de mulher. Eu não sei dizer o nome do que estou sentindo. Só sei que é forte. E complicado, por ser intenso, como ela mesma costumava dizer. Eu quero ser pra você tudo o que você representa pra mim. Pode durar um dia, um mês ou uma década. Mas que seja lindo. Como já está sendo. Eu sempre sorrio quando me lembro do seu sorriso. Eu sempre sonho, o mesmo sonho, é eu sonho com seu rosto. A minha boca deseja o seu beijo. O meu corpo deseja o seu sexo. O meu coração deseja que você se apaixone por mim. Pra onde vamos? O que faremos? Deixaremos que o tempo se encarregue da nossa história. Deixaremos que esse reencontro nos faça querer uma a outra, cada dia mais.

terça-feira, 22 de março de 2011

meu coração.

Meu coração está calado.
Mudo, pra ser mais exata.
Meu coração já não quer bater.
Sobram-lhe inexistências.
Meu coração está calado.
Por quantas vezes será posto à prova?
Ah, acalme-se, coração.
Um dia ela volta, sabes que volta.
Meu coração está calado.
Gritando pra que ela volte.

terça-feira, 15 de março de 2011

tudo diferente.

Hoje eu acordei achando tudo diferente. Talvez porque você não estava ali, do meu lado. Talvez porque as coisas amanheceram diferentes mesmo. Enfim. Ainda há algo que me conforta. É que tudo fica mais bonito quando penso que você existe.

terça-feira, 1 de março de 2011

alice.

Não. Não acabou. Não para mim. Eu ainda respiro o mesmo ar que você. Eu ainda escuto a voz dos seus carinhos. Eu ainda sinto-te dentro de mim. Alice, minha pequena menina. Como é que um sentimento tão bonito pode acabar assim? Não é justo. Pra nenhuma das partes. Você esteve comigo em cada momento. Quando eu mais precisei. Você me arrancou sorrisos e segurou minhas lágrimas. Você esteve presente na minha mais perfeita loucura, na minha mais insana lucidez. O quê é que eu vou fazer sem você? Eu não falei que você podia ir embora, nem falei que você podia me esquecer. Nós vamos sofrer em caminhos separados. Eu não sei o que posso fazer pra te fazer entender que é melhor a amizade do que nada. Porque nada é nada. E nada só nos pode fazer sofrer. Essa é a minha maneira de te pedir que não vá embora. É o meu jeito de te mostrar que o nosso amor é infinito e não é essa a melhor forma para ele se acabar. Me desculpe o poeta, mas o tempo pára sim. Pelo menos costumava quando estávamos juntas. Ou você não se lembra? Era fácil ver. Alice, me escreva uma carta. Me mande um email. Ou faça qualquer coisa que possa vir até mim e que me diga que você vai voltar. Eu sem você sou um dia sem sol. Sou uma noite sem estrelas. Sou uma pobre criança indefesa. Me desculpe se usei palavras duras, se fui sincera demais. Mas eu espero o dia em que você me aceite como amiga, ainda vou te convencer. Ah Alice, isso não está certo. Nos amamos muito para vivermos separadas. Então volta. Volta que eu estou te esperando. Volta. Volta. Volta? Todo o amor do mundo é o que eu tenho pra te dar.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

contraponto.

Não acredito em destino. Do tiro que vem pela culatra sempre dá-se explicação. Não acredito em sorte. No deserto da vida acha água quem procura mais. Não diferencio o dia da noite. Sei que de algum lugar alguém vê o sol. Não acredito em paraíso. Acredito no amor. Na dor e na delícia de amar. Não me importa a beleza. Denuncio o mal, o sujo, o desprezível. Revelo segredos. Desafio medos. Não vendo acusações. Compreendo facilidades. Rejeito dinheiro fácil. Me movo por cafeína, cigarros e música popular. Me faltam ausências. Me sobram demências. Afirmo doutrinas. Busco ideais. Minto como refúgio. Me omito por timidez. Me encanta a madrugada insone. Me diverte a solidão. Me encontro em penumbras. Sonho em poder voar. Gosto de chuva. Gosto do frio. Gosto ainda mais da natureza, das estrelas, do luar. Sou curiosa. Melindrosa. Caótica. Às vezes peculiar. Admiro as mulherers, as flores, os animais. Nada me prende num lugar. Ignoro promessas. Tenho fé na concretude da abstração. O que pesa não me ilude. Sou hóspede das palavras. Leio muito. Escrevo ainda mais. Quero o tudo que há no nada. Tateio sabores. Cheiro ruídos. Ouço em cores. Respeito o silêncio. Grito. Não gosto de normalidades. Tampouco de me sentir um igual. Quero ser além do indivíduo. Quero ir além de mim. Quero andar na linha curva do passo. Tenho sede de vida. Não temo a morte. No inferno e céu de cada dia, imploro pela sorte de um destino banhado de amor e luz do sol.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

uma questão de fé.

Eu acredito em Deus. Sempre acreditei. E, a cada dia, Ele me dá mais motivos pra crer em Sua existência. É uma questão de fé. Se você acredita em Deus, agradeça. Agradeça sempre pela vida que Ele te deu; pelas emoções que Ele te proporcionou; e até pelas coisas ruins que te aconteceram. Porque, acredite, as coisas ruins são necessárias para que possamos crescer e aprender a dar mais valor à vida. Eu digo isso por experiência própria. Não sei se todos sabem, mas eu passei por um ano turbulento. Eu vou contar um pouco da minha história... Tudo começou com uma angústia tremenda. Noites sem sono, insônia brava mesmo, daquelas em que se fica pelo menos uns dez dias sem dormir, - e olha que eu não estou exagerando. Corri risco de morte por várias vezes. Escutava vozes que me mandavam fazer o mal a mim ou às pessoas a quem mais amo. Estava totalmente delibitada mentalmente. Cheguei até a ser internada. E lá, naquele hospital, eu reconheci que eu não me reconhecia. Foi muito difícil passar por tudo isso. Claro que eu não vou entrar em maiores detalhes, até porque não quero que ninguém sinta pena de mim. Mas o que posso dizer é que foi difícil. Muito difícil. E sabe, quando eu achava que estava no fundo do poço, eu vi aquela luzinha a que todos se referem. A famosa luz no fim do túnel. Além de uma família incrível, amigos igualmente incríveis, eu contei com a minha fé. Deus me tirou do buraco. Foi Ele quem estendeu a mão quando eu mais precisava. Quando eu Lhe pedi pra retirar aquela montanha toda de problemas que se fazia bem na minha frente, Ele fez melhor. Me ensinou a escalar essa montanha. E hoje, apesar de ainda estar sendo monitorada por psicólogos, psiquiatras e remédios, eu me sinto bem. Sinto que se passei por tudo aquilo foi porque Ele tinha o propósito de me mostrar o quanto é bom estar viva. O quanto é bom acordar e buscar a todo instante pela felicidade plena. Eu hoje me considero uma pessoa de sorte, uma pessoa escolhida pra quem sabe, talvez, mostrar a outras pessoas que nem tudo são flores, mas os espinhos, ah os espinhos são necessários para que a gente se arranhe e torne a se arranhar e se arranhe de novo, mas, no fim, que a gente aprenda que aquele arranhão é uma ferida que sara. É como eu sempre digo: não peça a Deus para mover a montanha, mas para que te ensine a escalá-la.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

e o vento levou.

São tantas perguntas passando pela minha cabeça. Mas parece que as respostas se foram com o vento. 

domingo, 16 de janeiro de 2011

sem ponto.

Estou sentada aqui sem saber o que escrever sem saber o que dizer o que te dizer porque quando a gente tem medo de amar o coração não se permite entregar e ai vem aquela coisa toda de incertezas e dúvidas e claro que isso é a mesma coisa mas sabe eu não sei o que devo fazer se me entrego a você se me permito tentar ou se me livro logo disso tudo por medo de não dar certo e você com esse tal amor por mim me assusta já que eu não sei se isso tudo não passa de uma ilusão se não passa de uma paixão e paixão é fogo e fogo apaga e eu sei que você é o fogo e eu sou a água então quando você me tiver por completo eu vou te apagar e é disso que eu tenho medo sabe eu te amo tanto mas não sei se esse tanto é o bastante ou se são só migalhas comparado ao que você sente por mim os momentos em que estamos juntas são sempre tão bons mas agora que outra pessoa entra nessa história toda eu fico ainda mais indecisa em relação a você sabe mas me perdoe por não ser muito clara por dar voltas e voltas pra dizer a mesma coisa sempre aquela velha história que você já conhece essa coisa de tudo ser só amizade sabe eu realmente não sei o que sinto queria saber pra poder me entregar de peito aberto mas isso o que escrevo só prova ainda mais a minha confusão me desculpe minha menina por eu não saber te dar o valor que você merece o amor que você merece ah minha pequena eu já errei tanto com você não quero mais errar não sei se me entrego ou se nego esse sentimento que me toma a alma ah mas que confusão e se o que estou escrevendo te deixa sem fôlego é porque o seu amor me sufoca e eu tinha que mostrar isso a você e agora que esse texto medíocre está chegando ao final eu só queria te dizer que minha vida sem você não tem graça que meus dias sem você têm mais de vinte e quatro horas que meus segundos sem a sua presença me enchem de tédio e se isso não for amor eu não sei o que é mas entenda eu só estou com medo de tentar e depois tentar e tornar a tentar e não chegar a nenhum lugar é isso meu ar já se foi e aposto como o seu também e meu coração ah meu coração não está mais batendo devagar.