segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

para quando souber ler.

O meu medo, agora, depois de tantos medos, depois de tanta angústia, é um só: o de nunca mais ver aquele sorriso inocente, aqueles olhos que também sorriem quando me veem. Aqueles olhinhos que se parecem tanto com os meus, aquelas mãozinhas tão, tão pequeninas, aqueles cachinhos, aquela menina que eu tanto amo. Nunca deixe que te digam que eu não te amei, que eu te amo e que você é a razão de eu ainda estar por essas bandas. De todas as alegrias dessa minha vida, não houve nenhum momento que se comparasse ao dia em que te carreguei no colo pela primeira vez, que te dei a primeira mamadeira e te ninei ao som de 'João e Maria'. Nada, nada se compara à felicidade que senti ao ouvir as suas primeiras palavras, aos seus primeiros gestos de amor a mim, como quando, por exemplo, você beijou aquela foto que te mostrei, éramos nós duas na tal foto, e ficou olhando, numa timidez que, confesso, nem era sua. Você me deu os melhores momentos, nunca me vou esquecer do seu rostinho e espero, mesmo que agora eu ache que seja difícil acontecer, eu tenho fé de que não vou deixar de viver você. De respirar você. Mas a única certeza que posso te dar é a de que eu te amo mais do que a mim mesmo e estarei sempre aqui para você, para ouvir seus segredos, compartilhar sonhos e até para rodar o mundo numa bicicleta de rodinhas, se você quiser. Não duvide disso, minha pequena, não duvide. Eu posso ser o que você quiser. Sua amiga, sua vilã. Mas você é minha eterna amada, a pessoa mais pura e doce que já conheci. E é com todo amor que eu imploro a Deus para não me perder de você.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

zelo.

Não deixamos de cuidar uma da outra um segundo sequer. Do lado ou de longe, não existe motivo para deixarmos de sentir que nos queremos mais e mais. O jeito como ela me olha, faz com que eu sinta sensações primitivas, daquelas que a gente deseja desejos de alucinação, apenas olhando e sentindo a pulsação dos nervos. Esqueço-me de tudo o que há de fugaz e sou transportada pelo calor de cada sentimento duradouro que ainda posso ter. É claro que não posso tocar, nem sei se posso mesmo dizer o que eu gostaria. Entretanto não me saem da cabeça as memórias que ainda teremos para lembrar.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

repouso.

Vá dormir, doce ilusão. Dorme que amanhã a vida continua. Deixe que os sonhos venham e você fique para trás. Dorme que o Sol não machuca. A noite não foi feita para labuta. Então descansa. Descansa que eu preciso fechar os olhos antes que amanheça.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

falta.

Como eu gostaria de escrever umas boas palavras de baixo calão agora. Acontece que elas não vêm. Só ficam em minha mente. Então fico assim, guardando para mim todo vômito que insiste em não cuspir.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

marca.

Parecia-me que a vida não valia.
Era sempre a mesma história!
Você ia e vinha.
Depois chegava e saía.
Ai, meu Deus!
Essa moça 'tá' me deixando com a cuca cafuza.
Ela me ama e me usa.
Chama e abusa.
Tudo bem, tudo bem.
Eu bem que merecia!
Todo dia, mas todo dia,
eu estava com ela e me esquecia.
Era uma atrás da outra,
todas elas eram minhas,
mas era ela a guria.
A guria que eu queria,
que eu amava e fazia. 
Fazia tudo, buscava o mundo e...
Pfuuuuf! 
Veio-me uma lembrança.
E a mais antiga das esperanças.
Tempo, tempo, tempo, tempo.
Esse passa, mas pirraça.
Não volta nem por decreto da Virgem Maria!
Então de quê vale?
Não o tempo, mas a minha primeira ironia.
Valem as estrelas, vale o meu dia.
Seria o máximo se amanhã eu acordasse,
só para eu te ver de como antes não via.