sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

boas novas.

Estão chegando as boas novas! Mas sem essa de colocar a razão disso nas mãos de um ano que ainda está por vir. As coisas boas acontecem independentemente de uma data especial para isso. Elas simplesmente vêm. E vêm com tudo pra quem sabe receber. E é essa a minha mensagem final. Que tudo corra da melhor forma possível, seja no Natal, seja no dia de finados. Lágrimas secas, sorrisos molhados. É, isso é o mais importante. Sorrir, sempre. Porque a felicidade só é completa quando a gente tira até dos piores momentos um motivo pra ser feliz.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

cores.

Às vezes as pessoas me perguntam se o que eu escrevo é escrito para alguém. Muitas das vezes eu respondo que não. Claro, a literatura é ficção. Mas sim, o que eu escrevo tem um destinatário. É impossível escrever sem colocar o amor que sinto em cada letra, em cada palavra, em cada linha. É um amor puro, por um alguém que eu já não conheço. Engraçado isso, amar alguém sem conhecer. Acontece, fazer o que. A única certeza que tenho é a de que o meu amor é maior do que eu mesma. O meu amor é grande. Grande mesmo, sabe? Do tipo enorme. Mas ah, eu me cansei de amar tanto assim. Eu acho que quando a gente ama tanto, quando o amor pelo outro ultrapassa a grandeza do amor que sentimos por nós mesmos, já não faz bem. E é isso que eu tenho sentido. Um amor que me ultrapassa. Que me cega. Que não me permite ver qualquer outra cor no mundo. Eu só vejo a cor dela. E chega! Eu quero ver tudo. Vermelho, branco, preto, azul. Eu quero poder olhar e dizer, puxa, estou liberta. Puxa, como amá-la foi bom. Mas amar-me, com tanta força, é ainda melhor. 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

breu.

Hoje está tudo claro. É claro que as nuvens estão sorrateiras e as estrelas não brilham. Mas está claro. Claro como a escuridão. Talvez seja pela falta que ela me faz. Talvez seja porque a solidão me envolve a carne. Mas que pretensão a minha: achar que o céu está assim por mim. Se o céu está assim, escuro, é por culpa dela. Foi ela quem não veio. Foi ela quem me deixou. Só. E agora que meus lençóis já não marcam o nosso amor, que nossas bocas já não se pintam de carmim, que nossos desejos já não têm o mesmo fim, eu fico aqui, pensando. Talvez o céu esteja assim, tão escuro, tão limpo de estrelas, pelo simples fato de estar cheio de esperanças de que o sol nasça logo. Talvez o céu esteja assim pelo simples fato de estar tarde. Pelo simples fato de eu estar indo tarde.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

cinzas.

Sinto que o amor tem um fim. Sim, ele morre. E, no caso do meu, pediu-me para ser cremado. Quanto às cinzas? Joguei pro mar. É a minha tentativa de fazê-lo voltar com o vento. É a minha última tentativa de fazê-lo voltar com uma onda, como uma onda. Voltar e me fazer feliz novamente. Mas, como acontece com toda onda, as águas que ali passam são diferentes. E é esse o meu desejo agora. Desejo que o amor venha. De cara nova, alma limpa e muito, muito vigor. É desesperador, não? Queimar o amor para que ele volte? Essa sensação de que o amor é uma fênix me revigora. Ele pode, sim, morrer e voltar das cinzas.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

equívoco.

É noite.
E eu aqui, insone.
Madrugada adentro eu fico pensando.
É, o meu maior erro foi te amar demais.