segunda-feira, 26 de julho de 2010

uma questão de opinião.

Como foi que surgiu o mundo? E como é que se controla o mundo virtual? Oras, é tão perfeito que mete medo. Mas a pergunta que mais me encabula é a seguinte:  quem foi o maluco mais sábio que inventou o amor? Com todas as suas regras de sedução no momento da conquista, partindo para uma explosiva paixão, terminando em ''happy ending'' ou numa dor que atinge a alma. De que são feitas as nuvens? Será mesmo que existem vidas em outros planetas? Ah, são tantas perguntas que giram na minha cabeça. E que certamente giram na sua, caro leitor. E posso afirmar que isso quase enlouquece. Pense por um instante. As perguntas vêem como o som de uma flauta doce. Deus existe. Ou não. Há vida após a morte. Ou não. O homem é capaz de tudo. Ou não. A eternidade existe. Ou não. E o infinito. Existe. Ou não. (Acrescente pontos de interrogação em tudo isso e verá). É disso o que eu estou falando! Outro dia eu assistia tv e, o desfecho de um comercial, era mais ou menos assim: ''não são as respostas que movem o mundo, mas as perguntas''. E não é mesmo? O que seria de toda a humanidade se as pessoas não indagassem por qualquer coisa que seja? Não teríamos chegado a lugar algum. Então tá ai, lançado o meu desafio. Perguntem, caros leitores, perguntem. Queiram saber o por quê do dia ser ensolarado e o por quê da noite ser banhada pela lua e suas estrelas. Pergunte o por quê de ter conhecido alguém. E queira saber o por quê desse alguém ter se tornado tão essencial na sua vida. Pergunte por quê andamos, como aprendemos a falar, pergunte sempre. Isso move a vida. E, sem ela, a vida, como é que ela poderia ser vivida?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

sentimentalidades.

Você me avisou que eu não te esqueceria, sei bem disso. E, se quer saber, eu não consigo te tirar da minha cabeça. Parece que cada letra escreve seu nome, cada música canta o nosso amor, cada sol é o brilho do seu olhar, cada carta tem seu endereço, cada som é o da sua voz,  cada espaço é o nosso lugar, cada vontade é a de te ter por perto, cada pequeno pedaço meu é uma parte que ficou de você. Por que será? Mas o que foi que você fez comigo? Me jogou algum feitiço? Me fez escravo a ferro e fogo do seu amor. Eu não consigo amar mais ninguém, seja lá quem for. Você me deixou um abismo. Uma rota triste em direção a um corpo que não é o seu. O que fazer? Será que você pode me dizer isso agora? Me escreva, cante uma música pra mim. Faça algo que me dê alguma direção. Eu não posso mais ficar assim; fingindo o tempo todo que já não te amo. E, se quer saber, sim, eu ainda te amo. Como jamais poderia prever. Te amo com a força de um amor materno. Mas se você não me der notícias, meu amor, melhor pra mim. Melhor pra mim, ficar longe de você com toda essa sua loucura. Com todo esse seu pesar de me ter ao seu lado. Porque a verdade é essa. Você nunca me quis por perto. Eu poderia até pensar que foi tudo um sonho. Porque eu nunca tive você em uma besteira qualquer. Só sei que é melhor mesmo deixar as coisas assim, como estão. Ou não? Te dou carta branca. Me procure, ou me deixe só. Clareia a minha vida. Faça isso se tiver um pouquinho de sentimentos por mim, faça. Tudo o que quero é saber se você está feliz. Se eu soubesse disso ficaria tão mais feliz.  Ah, como eu sou uma idiota. Por te amar assim. Me submetendo a isso.  Mas você me avisou que eu não te esqueceria. Não choro mais.

terça-feira, 13 de julho de 2010

pela causalidade.

Eu quero algo que me cause. Quero que a vida me cause. Me cause de amor, de ódio, de esperança. Seja lá do que for. Quero que me cause o sentir, o ser, o saber e todo o escambal. É disso que eu preciso; de um combustível feito à base de muita causalidade. Digo, -causalidade não no sentido de causa-consequência, (até por quê as consequências são apenas nós que temos que desatar), enfim, digo no sentido de gerar algo de dentro. Um tesão pela vida; é disso que eu estou falando! Entende? Ah, como eu queria sentir as sensações multiplicadas por mil. Seria tão mais vaidoso viver. Diria: viver é uma delícia! Se houvesse mais causa eu devoraria a vida em questão de segundos. E sentiria todo o peso que ela tem a oferecer sem sentir uma ponta de dor. Mas agora que estou sozinha, fria, desestimulada. Tenho que me conformar. Faz bem pra alma. E acalma. Acalma esse meu pobre coração. Sozinho, frio, desestimulado. Um verdadeiro mulambo. Que vontade de gritar. Implorar para que a vida me cause em um grito! Eu grito: venha me   c-a-u-s-a-r! E assim, fumo meu último cigarro do dia, regado de água fria, e me preparo para mais uma longa noite insone e incerta. Fazer o quê?  A vida é assim. A única certeza que temos é que a morte um dia chega. E que eu morra com o coração acelerado de tanto amor. Porque morrer amando é melhor do que viver sem o seu amor. Por favor, meu amor, me cause. Me queira, me queime com seu beijo ardente, me abrace por compaixão, mas me abrace. Eu preciso disso pra continuar.

domingo, 11 de julho de 2010

do começo ao fim.

É hora de repetir o play. Recomeçar, se assim parecer mais fácil entender. Mentiras se sustentam sujas. E mudas. Agora não é possível delas falar. São boas as minhas razões pra dizer a verdade; com uma rima limpa e seca: verdade soa bem com liberdade. Não? Ah, mas errar é útil. Depois do choro vem o som de um sorriso sábio que soube esperar. É, nem todos os verbos do mundo explicam a minha situação. É que ela fica dentro. E de dentro não se pode retirar. É tão profundo... E venta. Um sopro dentro do peito, do lado em que o coração está. Tudo isso que aqui escrevo vai ficando tão confuso, nem sei mais por qual estrada caminhar. Sei que andava na contra-mão. E de lá eu quero sair. O tempo se vai, há tempos que eu já desisti dos planos que reguei com tanto afinco. A minha loucura é doce. Não quero nem saber o que me espera. Eu vim do avesso. Do tiro pela culatra. Do baú de más intenções.

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E continuo me alimentando do som do meu silêncio.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

aos amigos.

-Para Marco Túlio e Marcus Felipe-

Hoje eu não estou aqui pra falar de amor. Porque amor, no sentido literário da palavra, se é que ele existe, eu não tenho lá muita certeza de como fazer pra definir. Mas estou aqui pra falar de amizade, dessas que o tempo não apaga, dessas que as lembranças de coisas juntas passadas ficam na memória como o gosto bom de um chocolate. Eu sou farta de amigos. Farta, não que eu tenha muitos, mas os que tenho me preenchem de forma a me fazer ver o mundo de cor azul, (está mais pra rosa choque, mas isso é só um detalhe que é melhor deixar pra lá). Agora vejam vocês, eu disse que não iria falar de amor. Mas pensem comigo, existe amor maior do que o amor de uma grande amizade? Oras, falarei, pois, de amor. E, para isso, é preciso contar uma pequena e velha história.

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Aqueles longos cabelos, barba por fazer, confesso que me assustaram à primeira vista. Me lembro que a primeira coisa que o ouvi dizer foi algo do tipo 'essa professora é gostosa'. Achei graça, sim, não nego, mas logo desconfiei. Notei que era um rapaz falante, fiz música de tão bonita a sua voz. E depois o outro. Alto, delgado, com um certo ar de intelectual. Tímido, quieto, calado. Mas totalmente intrigante, misterioso, eu queria desvendar aqueles olhos castanhos. Dividimos a sala de aula por algum tempo e, por muito, era só aquele o nosso contato. Os três vidrados por literatura, a professora era ah, um orgasmo! Em contra partida nos sentíamos cheios de tédio quando se falava em logarítimos, algas e átomos de carbono. Por meses éramos apenas colegas de classe. Contudo, nesse tempo, ríamos de uma bobagem qualquer ali, deixávamos a hipocrisia de lado pra criticar uns acolá, e pronto! Aqui chegamos. Se hoje estou escrevendo isso pra vocês, meus amigos, é por quê assim os considero. Amigos. Leais. Únicos. De quem pra sempre vou me lembrar com saudades. Dos tempos bons que passamos os três, juntos. Tempos que jamais voltarão, mas que com toda a certeza serão inigualáveis. Quero tê-los sempre por perto. Seja pra nos acabarmos de tanto rir, seja para termos os ombros uns dos outros para quando a melancolia chegar. Porque hoje sei que aqueles cabelos, os longos, -agora não tão longos mais, sei que por trás daquela barba por fazer eu encontro segurança. Porque hoje eu sei que de tímido e calado nada tem o outro. Sei que se é por vezes quieto, por dentro é forte, certo e bom. Eu queria me desculpar pelas vezes em que menti ou disse palavras rudes ou duvidei da lealdade de vocês. Mas principalmente, eu queria me desculpar por me fazer tão distante. Não é que eu não me preocupe. O faço. E muito. Vocês são meus amigos e amigos são amores puros e eternos. Eu não sei se vocês também pensam assim, mas, sabe, o mundo é movido por interesses. E é tão bom ter a certeza de que uma amizade sólida como a nossa não precisa desse princípio, o interesse. A amizade não precisa ser manipulada como negócios, relações e até sentimentos. Ela existe e basta. Eu poderia ficar horas a fio falando o que sinto quando estou com vocês. Mas o que eu quero que saibam é que eu os amo muito. Quero que vocês possam ver em mim a paz que eu sinto quando estou com vocês.

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Com amor, da sua eterna,
Mah.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

surrado.

Tudo o que sentia está desbotado. Nada me cabe mais. E ai me vem a pergunta: será mesmo preciso passar por tudo isso? O amor devia ser um sentimento daqueles que se sente e pronto. Mas não. Tinha que ser doloroso, ferida que não se cicatriza há séculos, doença que contagia a tudo e a todos. Eu não quero amar. Não mais. Já senti isso na pele e posso dizer que não foi fácil. E agora me vem você, pouco a pouco, lentamente, falando o que o coração gosta de ouvir, dizendo o que os olhos amam escutar. Não é justo. Eu não estou pronta pra me envolver novamente. Como disse, os sentimentos não me vestem como antes vestiam. Ficou tudo apertado, talvez frouxo demais. Eu não sei separar o meu amor do meu ódio. A minha vingança do meu fracasso. A minha história de um conto trágico.  Eu já não sei o que pensar. Eu não suporto mais essa ideia de ter que comprar roupas novas a cada verão. E o pior é que lá se vai o inverno...