terça-feira, 13 de julho de 2010

pela causalidade.

Eu quero algo que me cause. Quero que a vida me cause. Me cause de amor, de ódio, de esperança. Seja lá do que for. Quero que me cause o sentir, o ser, o saber e todo o escambal. É disso que eu preciso; de um combustível feito à base de muita causalidade. Digo, -causalidade não no sentido de causa-consequência, (até por quê as consequências são apenas nós que temos que desatar), enfim, digo no sentido de gerar algo de dentro. Um tesão pela vida; é disso que eu estou falando! Entende? Ah, como eu queria sentir as sensações multiplicadas por mil. Seria tão mais vaidoso viver. Diria: viver é uma delícia! Se houvesse mais causa eu devoraria a vida em questão de segundos. E sentiria todo o peso que ela tem a oferecer sem sentir uma ponta de dor. Mas agora que estou sozinha, fria, desestimulada. Tenho que me conformar. Faz bem pra alma. E acalma. Acalma esse meu pobre coração. Sozinho, frio, desestimulado. Um verdadeiro mulambo. Que vontade de gritar. Implorar para que a vida me cause em um grito! Eu grito: venha me   c-a-u-s-a-r! E assim, fumo meu último cigarro do dia, regado de água fria, e me preparo para mais uma longa noite insone e incerta. Fazer o quê?  A vida é assim. A única certeza que temos é que a morte um dia chega. E que eu morra com o coração acelerado de tanto amor. Porque morrer amando é melhor do que viver sem o seu amor. Por favor, meu amor, me cause. Me queira, me queime com seu beijo ardente, me abrace por compaixão, mas me abrace. Eu preciso disso pra continuar.

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