segunda-feira, 26 de setembro de 2011

não culpe o destino.

As pessoas têm mania de colocar a culpa no destino para justificar sua incompetência. Eu não. Sei que não existe essa coisa de linhas já traçadas. O que existem são dois caminhos. A vida. E a morte. Quem escolhe é você. Não digo a morte de corpo em si, mas a de espírito. Afinal, do que adianta viver só de aparências se a verdade é que a alma já está morta? Nada. Eu tenho medo, muito medo do meu espírito estar morto. De ficar aqui, cambaleante, caindo de esquina a esquina sem saber em que rua quero chegar.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

anotações.

Sou facilmente irritável. Qualquer coisinha fora do lugar me enche a cabeça. Entender o que se passa nesse mundo me instiga. A gente sempre quer saber o por quê de cada motivo, o por quê de um dia ter que morrer. Mas não, nunca entende. A gente não entende nem a gente mesmo. Diga ai, quem é você? Não sabe? Logo vi. Entender a vida é para poucos. A morte então? Acho que nem Deus é capaz de explicar. É uma questão de aceitar as coisas como elas são. Porque não há outro jeito. É preciso viver fazendo as coisas que mais se gosta. Ouvir aquela música. Declarar-se para aquele alguém. Comer aquele chocolate. Enfim. Dizer tudo que se pensa sem medo do que vai ouvir em resposta. Porque a vida termina tão rápido quanto começa. E, depois de findados, seu corpo, sua alma, nada, nada mais vai lhe pertencer.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

assim como.

Sinto que o amor é urgente
Assim como o ar que eu respiro
Assim como a água que eu bebo
Assim como o beijo que ela me dá

Sinto que a paixão é fogo
Assim como o cobertor que me esquenta a pele
Assim como o vapor quente dos lábios dela nos meus
Assim como o meu corpo quando encontra o seu sexo

Sinto que a saudade é felicidade
Assim como o sorriso de uma criança
Assim como o abraço de um velho amigo
Assim como saber que eu lhe tenho

Tê-la?
É urgente.
Senti-la?
É fogo.
Amá-la?
É felicidade.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

saudade viva.

Estou nua. Vestida apenas de saudades. Quando foi que nos amamos pela última vez? A espera me atormenta. E vai me matando aos poucos. Eu quero tê-la por perto. Se não for pedir muito, o tempo todo. Eu não quero que você mude por mim. A perfeição não existe. E não vou ser eu a querer que ela esteja presente. Seria pretensão da minha parte. A gente tem vidas diferentes. Amigos diferentes. Amores diferentes. Enfim. Viva a sua vida. Eu vou viver a minha. Mas quando der, se você quiser, que tal nos juntarmos até sermos uma pessoa só? Vem, meu bem. Que o dia é uma criança. A noite? Já está bem crescidinha. E eu espero o tempo que for para ter você por inteira só pra mim.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

só por hoje.

Eu não quero ficar só. Não me aguento por muito tempo. Mas, ao mesmo tempo, fico pensando se o problema não sou eu. Será que sou eu quem faz tudo errado? Eu tento, tento de novo e tento outra vez. Será que é preciso que eu me mude por inteiro pra que as coisas comecem a dar certo pra mim? Só por hoje eu queria você aqui, bem perto de mim. Só por hoje, meu amor, eu lhe imploro; não faça meu coração sofrer ainda mais. Só por hoje diga que me ama. Ou suma de uma vez. É, eu preciso dessa certeza. Não suporto mais um romance de papel. Quero um romance que nada pode apagar. Que me escreva na pele, corpo inteiro. E que carregue consigo minh'alma. Pelo menos por hoje. Você pode fazer isso por mim?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

o vício da transgressão.

Assim como um vigário precisa ir à missa, eu preciso da transgressão. Ela me move. Me instiga. Me provoca. É sempre assim, estabeleço limites e... pronto! Estou pronta para transgredi-los. Eu acho que todo ser humano deveria fazer o mesmo. Não digo cair em mentiras, falsas promessas ou o escambal. Mas digo que é preciso se arriscar. Atravessar, exceder, ultrapassar. E sim, parece a mesma coisa. E é. O importante é que a gente precisa achar um meio de se extirpar de tudo aquilo que faz mal. E, no meu caso, a transgressão é a saída. E o meu modo de transgredir é esse: escrever. Eu escrevo tudo aquilo que eu sinto, que eu vejo, que eu ouço, que eu toco. Fazendo isso eu sinto que estou arrancando todo o mal pela raíz. Estou me libertando do meu mal maior: eu mesma.