Às vezes eu me perco no som do meu próprio silêncio. Faço isso pra tentar escutar a voz que vem de dentro. A minha própria voz. É que me cansei de escutar só o que os outros dizem sobre mim ou sobre o que eu devo ou não fazer. Está na hora de reagir. Agir e meter a bola pra frente. E a minha voz me diz que estou no caminho certo. Só me falta saber que direção seguir.
(...) Epifanias não tardam, elas esperam a hora de chegar. E o que eu conto e vou contar aqui é somente o que tem de ser dito. Não espere pela verdade do universo. Nem nada que não seja domado e escrito por amor. Sigo registrando cartas, diálogos, pensamentos, eloquências e perversidades. Esse é o meu recital.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
eis a diferença.
Hoje eu acordei com uma vontade de fazer a diferença. Mas a vida não avança e eu não consigo começar.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
puzzle inacabado.
E eu que sempre sonhei demais. Cada pedaço de mim era uma peça do meu quebra-cabeça. Por mais que eu tentasse encaixar uma ou outra, me faltava espaço. Não era ali ou aqui. Eram peças que não se encaixavam, por mais que eu as trocasse de lugar. Assim é a vida, bom, pelo menos é o que eu acho. A gente tenta encaixar os sentimentos uns nos outros, mas nos esquecemos de que não há amor sem que haja perdão. Não há sabedoria sem que haja entrega. Não há otimismo sem que haja uma questão. Não há paz sem que haja primeiro a guerra. A vida é mesmo assim. Há barreiras para serem ultrapassadas. Há dores para serem sentidas. E cada peça é fundamental para que o puzzle se complete. Eu digo agora, e digo em alto e claro tom! -Eu quero todas as peças! - Amizade, coragem, saber, amor, deleite, fome, preguiça, responsabilidade. Quero tudo o que há! E apesar de sonhar com tudo isso, parece que sempre estão a me faltar peças, à medida que me reconstruo.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
ponto sem nó.
-E o limite? Onde fica o limite?
-O meu começa onde o seu termina.
-E onde é?
-Dentro do peito, meu caro.
-Onde dorme o coração?
-Onde pulsa o coração.
-Então... o limite é o amor?
-Não, meu caro.
-Não entendo.
-Entenda; o amor é o limite.
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