sexta-feira, 27 de maio de 2011

não vá dizer.

Não vá dizer que eu me comportei errado com você.

Que eu fiz tudo errado pra nós dois.

Não vá dizer que eu não estava apaixonada por você.

Que eu não fazia planos pra nós dois.

Não vá fazer o que eu cometi de errado com você.

Eu sempre menti muito pra nós dois.

Mas agora que estamos separados,

na minha vida, tem tudo dado errado!

Abra os olhos para ver se me vê.

Sinta o meu cheiro.

Abra a boca pra ver se me quer!

E ai não vá dizer que eu não lhe avisei.






terça-feira, 24 de maio de 2011

sou seu.

Sou seu dia e sua noite
Sou seu escuro e seu clarão
Sou seu imã e seu refúgio
Sou sua história e seu vilão

Sou seu caso e seu descaso
Sou seu lençol e seu colchão
Sou seu amor e seu ódio
Sou seu desejo e paixão

Sou seu por inteiro
Sou ainda mais quando nu
Sou eu o seu paradeiro
Quando lhe vejo cru

quarta-feira, 4 de maio de 2011

o peso de uma lágrima.

A lágrima tem gosto de mar. E carrega o peso de um oceano. A lágrima que me escorre no rosto não é porque eu não consigo esquecer. Porque o difícil mesmo é lembrar. Esquecer a gente esquece. Basta pegar uma borracha, passar no passado e... passou. Mas não. A lágrima que eu carrego é por não conseguir me lembrar. De mim. Sabe quando a gente não consegue se lembrar da gente mesmo? É isso o que eu estou sentindo. Falta de mim. De me sentir. De me lembrar com alegria, sorriso no rosto e fim. É como uma ferida que parece estar fechada, mas a verdade é que a cicatriz esconde uma podridão incrivelmente imensa. A lágrima que eu carrego pesa como uma ausência. Pesa como a solidão. Pesa como a dor da morte. Pesa como o peso de não ter alguém que se ama por perto.