terça-feira, 25 de dezembro de 2012

então é Natal.

Não adianta fechar as portas. Não adianta apagar as luzes. O Natal invade os lares mesmo que com janelas e portas cerradas. Mesmo que a luz acabe, seu brilho que pisca, pisca, pisca, insiste em iluminar. É hora de agradecer o dom da vida, é hora de celebrar o nascimento do Homem mais perfeito que já existiu. É hora de família e amigos se juntarem para que, com um singelo abraço, possam sentir, naquele momento: conforto, amor, paz, felicidade. É hora de colocar tudo em seu devido lugar, esquecer-se de mágoas, afogar-se em perdão. O desejo é universal. Que todos: pobres, ricos, órfãos, familiares, amigos, inimigos, negros, brancos, crianças, adultos, os de mesa farta, os que têm apenas o pão; que todos possam lembrar-se que Natal não é sinônimo de presente, mas sim de presença, Daquele que nos salvou. Meus sinceros votos de felicidades.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

animal.

Fizeram-me uma pergunta um tanto quanto complicada de se responder de imediato: ''se você fosse um animal, qual animal seria?''. Sem pensar muito, já que eu não tinha tempo, respondi: ''um cachorro''. Retrucaram-me: ''por quê?" ''Porque o cão se sente feliz com pequenas coisas, como a chegada de seu dono." "E você tem dono?" "Não, minha dona sou eu, e é por isso que eu gostaria de ser esse tal cão, eu não fico feliz com a minha chegada."

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

outra não.

Perca esse medo.
Entregue-se ao seu desejo.
Desejo que é igual ao meu.
Larga tudo e vem.
Eu te espero há tempos,
e a espera um dia cansa de esperar.
Eu não quero ninguém.
É só você o que meus olhos querem ver,
que meus lábios querem tocar,
que meus abraços querem entrelaçar.
Dê-me inspiração.
Depois de muito me respirar.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

depois do deslumbre.

Transcrevo meus pensamentos como quem desabafa com si próprio. Nessa invenção alucinante, pedante, ofuscante; o ponto nunca é o final. Jaz morto aquele eu. O indiferente, descrente, resistente e opaco eu. Suicidei-me essa parte. Sobra agora o que? O nada que é a vida. Um fato que não sabe cessar.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

de mim não sei nada.

A vida é breve. O tempo corre. As estações mudam. Os anos se vão. Pessoas morrem. Outras delas nascem. A música toca. O corpo dança no ritmo da mente. Os cabelos perdem a cor. O artista impressiona. O escritor padece. Guerras começam. A paz termina. O início é meio e fim. Enfim.

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E daí? Se minha vida é breve, se meu tempo corre, se não é mais outono, se vem o ano novo, se as pessoas morrem, se outras nascem, se a música toca, se meu corpo balança, se meus cabelos estão brancos, se o artista impressiona, se eu com meus escritos padeço, se há uma guerra em minha mente, se minha paz já se foi. Se hoje sou início, amanhã meio, depois fim?
 
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Viro a página, minhas canções não tocam no rádio. E tudo se move. Sempre. Então por quê? Por quê aceitar toda essa história se tudo não passa de sonho e sonhos me acompanham em pleno sol de meio-dia? Só o que eu sei é o que fui ensinada. De mim não sei nada. Ninguém nunca me disse quem sou eu. Nem mesmo o meu espelho.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

quando penso em você.

Você não cabe nos meus sonhos, mas realiza todas as minhas concretudes.

sábado, 8 de dezembro de 2012

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E agora? Quem vai curar a minha dor?