quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

de mim não sei nada.

A vida é breve. O tempo corre. As estações mudam. Os anos se vão. Pessoas morrem. Outras delas nascem. A música toca. O corpo dança no ritmo da mente. Os cabelos perdem a cor. O artista impressiona. O escritor padece. Guerras começam. A paz termina. O início é meio e fim. Enfim.

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E daí? Se minha vida é breve, se meu tempo corre, se não é mais outono, se vem o ano novo, se as pessoas morrem, se outras nascem, se a música toca, se meu corpo balança, se meus cabelos estão brancos, se o artista impressiona, se eu com meus escritos padeço, se há uma guerra em minha mente, se minha paz já se foi. Se hoje sou início, amanhã meio, depois fim?
 
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Viro a página, minhas canções não tocam no rádio. E tudo se move. Sempre. Então por quê? Por quê aceitar toda essa história se tudo não passa de sonho e sonhos me acompanham em pleno sol de meio-dia? Só o que eu sei é o que fui ensinada. De mim não sei nada. Ninguém nunca me disse quem sou eu. Nem mesmo o meu espelho.