segunda-feira, 22 de agosto de 2011

o tempo traz você de novo.

Às vezes a gente pensa que as coisas acabam. Mas ai, vem o tempo, o milagroso tempo, e traz tudo de volta. É como um sapato velho. A gente cisma em não calçar e, de repente, se vê com ele. Talvez por quê aquele sapato velho é o que melhor te calça. É o que te traz conforto. Segurança. E você ama cada pedacinho daquele velho caco. Às vezes a gente pensa que as coisas acabam. Mas ai, vem o tempo, o milagroso tempo, e traz tudo de volta.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

hoje é o dia "d".

Dia de ver a cidade a se esconder.

- A lua está linda. (disse ela)
- Linda mesmo está você. (disse eu)
- Vamos esperar até que o próximo dia nasça?
- A cidade dorme.
- Mas estamos acesas.
- Então faremos amor.
- Amor? Mas o amor não mata?
- Não. O amor faz renascer.

Dia da veracidade a se esconder.

- Era eu? Ou era você? (perguntei eu)
- Era você. (respondeu ela)
- Mas é que para mim somos um só. 
- Então éramos nós.
- Não entendo.
- Você disse que somos um.
- Mas você disse que era eu.
- Era você.
- Não éramos nós?
- Jamais seremos nós.

- Então seremos eu e você.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

inseguro.

Estou naqueles dias em que ando desconfiando da minha própria sombra. É como não achar lugar no mundo que seja seguro. Nem mesmo o meu corpo. É que eu andei ouvindo absurdos de pessoas que deveriam ser aquelas que mais me apoiassem. Mas não. Talvez eu tenha me iludido um pouco com essas tais. A verdade é que a gente, no caminho que é a vida, sempre se decepciona com alguém. Mas é tão mais duro quando essa pessoa é alguém que diz que te ama! Mas eu não posso deixar que palavras me machuquem. Que me empurrem desfiladeiro abaixo. Ou que me façam sentir um nada. Não. Não quero que me digam o que eu devo ou não fazer. Como eu devo ou não proceder; porque é engraçado: a gente faz dezoito anos e fica grandinho para muita coisa. Mas ai, para aquelas coisas que são exatamente as mais importantes na vida, como a escolha de uma profissão, ou de um amor, vem as pessoas dizendo que a gente não sabe o que faz. Espera ai! Se eu estou grandinha para ter responsabilidades, por quê não para assumir as minhas próprias escolhas? São coisas que eu e, acho que você, que todos nós, nunca vamos entender. Está além do entendimento. É hipócrita. E totalmente sem sentido. Mas uma coisa eu posso garantir a você, sim, a você que me disse aquelas palavras duras. Horríveis. Hipócritas. E totalmente sem sentido. Não, os sonhos não são para os fracos.