quinta-feira, 5 de novembro de 2009

eu camaleão.

Preto estava.
Tentei trocar a cor,

camuflar um dinamismo,
disfarçar meu eu.
Pintei-me em azul.
Verde.
Roxo.
Marrom.
Tentei o vermelho,
ele me negava.
Não me queria pintar.
A paixão que dá essa cor já estava morta.
O sangue quase que amarelo sobe ralo.
Bem ralo.
O beijo é frio.
Tonaliza em tons frios.
E mudos.
Feito desvairado agora;
azul, verde, roxo, marrom, sangue amarelo, paixão morta.
Nada de vermelho.
Nada de me pintar.
Melhor mesmo voltar a ser preto.
E branco.

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