segunda-feira, 26 de março de 2012

instantâneo.

As coisas podem acabar-se tão rapidamente quanto começam. É sim, assim, instantâneo. Talvez a culpa seja só minha. Eu estou morrendo pelo meu próprio veneno. E isso é triste. Seria muito melhor se você me desse uma punhalada pelas costas. Seria uma morte dolorosa, claro, mas rápida. Isso de morrer aos poucos é muito pior. Acho que descobri. É isso que tem acontecido. Eu venho me matando aos poucos. Gole a gole. Trago a trago. Boca a boca. Eu não quero viver esperando a morte chegar. Eu quero a vida sendo vivida! Será demais, meu Deus? Leve-me de uma vez ou tire tudo isso que me atormenta a cabeça. Eu preciso disso. Sinto que vai chegar o dia em que eu vou enlouquecer de vez, entende, meu Deus? Então me diz pra quê esse turbilhão de emoções que não me emocionam mais? Leve-me agora, instantâneamente, dolorosamente, mas leve-me. Meu veneno não é o suficiente pra me matar. Eu já criei resistência ao que me escorre à boca. Então pronto! Resolvido. Eu vou-me. Tão rapidamente quanto comecei.

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