quarta-feira, 7 de abril de 2010

vácuo.

Hoje palavras não são o bastante. Eu poderia ficar horas aqui, escrevendo, sem conseguir dizer tudo o que sinto. É um vazio. E vazio a gente não consegue relatar. Porque o vazio é um nada que preenche. E eu estou repleta e cheia e recheada disso. Me sinto como um bolha de ar, prestes a ser estourada. Como a água em um vidro, prestes a ser derramada. Como um ovo oco e podre. Pois é, com essas poucas linhas que tentam mostrar a imensidão de nada que está em mim, eu fico. Só queria te dizer mais uma coisa: eu sei que meus lábios nunca mais sentirão tamanho zelo ao serem tocados. Porque só você sentiu por mim o que ninguém poderia. Se agora somos apenas o que não poderíamos ser uma pela outra, é uma pena. Só não me peça pra te esquecer. Eu respeito seu tempo, e sei que só ele, o tempo, o seu tempo, o nosso tempo, pode curar toda essa dor de perda. Porque o vazio que me vem agora, é o vazio de alguém que se foi para não mais voltar.

3 comentários:

  1. Venho até este espaço, inteligente e sensível, para retribuir, de alguma forma, as suas palavras em relação ao VERDE VIDA.

    A depressão que me corrói não tem sido suficiente para que eu apague o espaço verde.

    O vazio é sede. Sede de vida plena. De paz. De acolhimento. Expresso aquilo que retiro de minhas reflexões, Mayra.

    Não tenho as respostas. Talvez fosse pior se as tivesse. Mas trago as mãos estendidas, ainda que trêmulas.

    Desejo que o seu caminho seja iluminado e que esta jornada receba a fé. Aquela que está disponível a todos e que pode brotar do acaso.

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