segunda-feira, 16 de agosto de 2010

desejo sem fim.

Os olhos seus estavam especialmente encantadores naquela noite. Delineados por um lápis preto, de forma marcante. Eram fixos em minha boca, me deixando louca por querer beijá-la. Ah menina, se você soubesse o quanto a sua dança me deixou inebriada. Fiquei tonta só de te olhar. Você parecia estar em um palco -e a espectadora era eu. Te vendo ali, sem poder tocar-te, me doeu tanto. E, quando a nossa música tocou, a vontade que me veio foi a de te tomar em meus braços. Bem como aquela poesia fazia comigo. Eu me senti totalmente preenchida de amor quando te vi entrar. Meus batimentos se aceleraram naquele momento bom. Eu estou farta de ficar longe desse amor. Meu coração está doente e a culpa é sua. É sua porque eu não deixei que você se fosse assim. Eu só queria você por perto, durante as vinte e quatro horas do meu dia. Queria te deitar por cima do meu corpo como um cobertor. Eu queria te amar como ninguém mais pôde fazer. Ficar sem você é como ser refém de mim mesma. E eu lhe juro, esse amor ainda vai ser amor. Vai ser prosa, poesia, letra e música. Vai cantar pelos quatro cantos do mundo.  Porque algo tão forte não pode morrer assim, sem ter de fato acontecido. E é esse meu desejo sem fim que me dá essa certeza. Seremos grandes, meu amor. Seremos um só, você vai ver. E esse tempo há de chegar logo. Eu só lhe peço que não desista de mim; tenha paciência e saiba me esperar. E eu também te esperarei, o quanto for. Porque amor igual ao nosso pode enfrentar dias, meses, anos, séculos, outras vidas que não cessa, não acaba. É um amor sem ponto e sem fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário