sexta-feira, 27 de abril de 2012

inato.

A vida da gente é engraçada. Pelo menos a minha é. Tudo planejado, okay. Até que uma coisinha sai  de seu lugar e muda tudo. Nem era para eu estar naquele lugar, naquele momento. Mas eu fui. Estava lá. E deu-se o encontro. Parecia fácil entender o sabor daquele beijo. Mas não. O sabor veio ardente e doce. Talvez como nunca viera antes. Por que tinha que acontecer? Será destino? Acaso? Sorte? Ou ilusão? Será bobagem? Paixão? Ou mais um amor querendo brotar de dentro do peito? Mas que desgraça! Eu preciso entender-me! As pessoas insistem em dizer -não, calma, não é nada disso, você é fria e totalmente racional - Certo, parei para pensar. Mas não, logo eu? Logo eu, essa romântica inata, que não tem medo de amar, apenas de ser amada? Eu-não-sou-assim. Eu amo mesmo, cuido mesmo, quero mesmo. Sem essa de pura racionalidade ou frieza. Se eu fui fria com você, que ótimo, você mereceu. Mas não era disso que eu falava. Vamos voltar. A vida da gente é engraçada. Como é que um encontro pode mudar o rumo de tudo? Fazer do coração um servo que bate e bate e bate no ritmo dos passos de um outro alguém? É assim que anda o meu. Batendo forte. Acelerado. A cada sorriso que ganho. A cada beijo que provo. A cada abraço que sinto. Venha mostrar-me que destino e acaso não existem. Que a palavra 'sorte' é dita pelos fracos.  Que ilusão e paixão não passam de um fogo que se apaga. E que você acredita que o amor não se acaba. Se preciso for, minta. Mas minta com toda a verdade do seu peito. Com toda a palavra dita pela sua boca. Por todo o calor que sobe do seu corpo nu. Minta que me adora. Que me deseja ter por perto. Que quer fazer não só do meu coração o seu servo, mas também da minha mente, do meu sexo, enfim, do meu corpo por inteiro. Minta. Eu gosto de ouvir mentiras. As mentiras, às vezes, dizem mais a verdade do que a própria verdade. A graça da vida, que eu dizia antes, está ai.