domingo, 20 de janeiro de 2013

vômito cultural.


Observei o céu estrelado, a lua que parecia um queijo cortado ao meio. As nuvens também pairavam. Alguns achavam que iria chover, eu não pestanejei em apostar que não iria. Claro que não! O dia foi lindo, indo... E pronto, me deparei com milhares de pessoas sentadas ao chão, tomando banho na praia de BH. Ou era o que me parecia ao ver aquelas pessoas dançando samba, banhando-se na fonte, com seus filhos, cães. Fonte aquela que embora não tenha areia à margem é chamada de praia da estação. Oh, meu Belo horizonte, que maravilha ter você tão perto de mim. Ah, minha Belo Horizonte, que maravilha é ver que todos a amam. Enfim. Voltemos à fonte. Daí, de repente, escutei uma conversa, dizia: -eles  não têm piscina em casa, por isso ficam tão felizes quando veem a fonte, falando dos negros. Parei pra pensar e fiquei sem o que dizer para uns moços que eu conheci há tempos e deixei pra lá. É sempre bom saber que as pessoas são diferentes. Não digo no sentido de diferenças sociais, mas sim de opinião! Estou desviando eu sei, mas o que eu quero mesmo dizer é que sim, isso é um povo só, um povo sozinho por fora, mas não por dentro. O povo tem recheio sim, minha gente! De sentimentos, de opiniões,  nada a ver com fígados ou  pulmões. E é esse o máximo da vida, fiz-me compreendida? Okay. Chega de tentar explicar. Hoje eu também senti meus sorrisos sorrindo inocentemente. Seja com o momento do: -“oh, moço”. Seja com palavras que me faziam rechear ainda mais minhas entranhas. “Vômito cultural”: é o nome que devia ter. Lá as pessoas se consideram tão iguais, mas tão iguais em suas cabeças, que são criados pseudônimos em questão de um segundo de ideia. Vomitam seus sentimentos, mastigam os de quem ouve!  Pessoas que nunca se tocaram, mas que trocaram respeito, por serem como eram. E como eram? Diferentes! Hoje foi o dia em que realmente cai em mim e percebi que eu sempre estive enganada. Ainda há motivos para viver. A morte, depois que , dentre outros, escolheram-me até o nome, que me escolha até o dia em que irei em paz e me deixe em paz! Eu aceito a dádiva de viver por algumas décadas e depois ir-me. Sempre tive fé. E sonhos. Apenas, apenas eles, nunca vão escolher por mim.