sexta-feira, 13 de setembro de 2013

faz-se utopia.


Não sei o que chamam de loucura
quando a saúde perturba,
quando o bom e o mau
se confundem no final
quando o bem e o mal
se transformam em coisa e tal
e coisa e tal
e eu aqui perdida
encontrando-me apenas na fresta,
que me resta
e que o suor escorre
quando à meia-noite
ainda estou esperando o sono partir
a insônia sumir
e o tratado me incomodar
meus pés descalços
repleto de  rastros
pediam pra eu voltar
o sábio esqueceu
a pergunta que o mendigo fez
e que o senhor mestrado
não soube responder
o olho virado
a órbita criada
que como eu
vê o que não se era pra ver
assim como o sol  na madrugada
eu ilumino o outro lado da parada
afim de querer sempre o bem
e a fresta a que me referia
veio no novo dia
iluminar sem cegar
esses olhos de luneta míope
até pro que não se poderia
e o meu lado esquizofrênico
hebefrênico,
catatônico,
persecutório e abundante
essa sim sou eu
a que não se olha no espelho
com medo de não gostar do que for ver
e o tempo para
o machismo exala
minha mãe é Maria
bom dia
tem almeida
e não confunde o ser
ideia no ar
fumaça ao me alcançar
e o cheiro do perfume
de sexo
no quarto ao lado
faz-me enxergar
o fluxo certo do meu caminhar
e se pelo caminho
comigo você  viesse
eu estarei ao seu lado
pra nunca deixar de te tocar
e me mergulharei em seus braços
só pra sentir de novo
o foco do seu calor esvaindo
e os poros adentrando
eu não sei o que eu quero dizer com tudo isso
mas deixa eu fingir que sei
eu só queria dizer
que meu medo se foi
de tanto querer proteger
até aquilo que todos dizem não ver
mas que eu vejo e é por isso o meu normal
se a loucura for o que se passa em minha mente
quero  beijo envolvente
sexo quente
e amor corrente nas veias
tamanha a força que faz pulsar o coração
revolução
revolução
re-vo-lu-ção
andai-vos
amai-vos
respeitai-vos
e em frente
com o sonho
porquê... não,
os sonhos não são para os fracos.

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