quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

é só isso.

Atire em mim, pelo Santo!
Não, não. 
Mas é que é cais!
Cana doce?
Garapa gelada.
Estrela luzindo?
Sei não. 
Talvez. 
Ou amanhã.
Vem cá.
Onde?
Aqui.
Onde o mar faz ondas.
E o negro vem?
Dentro de um barco.
Dante já havia sonhado com isso?
Legado. 
Se é loucura, você está preso.
Por atirar em mim a verdade?
Chicotada e tudo...
Serpente de Satanás.
Quanto horror!
Rola em mim. 
Desgraçados esses homens.
Os que os trouxeram.
Campo aberto, algemas no braço.
Iniquidade. 
E eles tem bandeira?
Tem, tem sim.
E que cor tem?
Cor de força e fé.
A mesma cor dos outros?
Sim, verde e amarela.
Mas não vieram de lá?
Escravizados aqui.
Atire, agora. 
Oras, em quem?
Não em mim.
Neles.
Atira n'alma deles.
Como castigo, mostra?
Mostrar que é verde e amarelo?
Mesmo que não fosse.
Também tem azul e anil.
A batalha é a mesma.
Se espalha pelo mundo?
Ouça, vamos mudar esse mundo.

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