quinta-feira, 20 de março de 2014

nada a considerar.

É engraçado ver as coisas sem grades. Sem som de gritos e contenções. Não sei, não sei. Perdi a prática. Parece tudo muito feliz. O lugar era o mal. Mas não, não. Não pode ser. Eram apenas pessoas descrentes da felicidade padrão. Enlouquecidas por tentarem algo diferente. E agora? Tudo mudou? Afinal, o lugar já não existe. A loucura não é normal. E eu aqui, nesse mundão sem horários pra mim. Pô, eu tinha hora pra tudo! Agora chega. Não pode ser tão ruim. Isso sou eu pensando. Eu escrevendo para não esquecer do essencial. Não posso parar de pensar. É esse o objetivo. Agora o sol não mais está   quadrado e não há nada me dizendo pra não viver. Belém-belém para os hipócritas! Estou farta deles. Não fale sem saber. Não perca o seu silêncio. Eu já perdi o meu, por isso sigo a escrever poemas.


Longe 
Perto
Certo
Quieto
Açúcar mascavo
Carne de soja
Imperfeito
Feito
Nada a considerar
somente: 
eu ainda me lembro do horário da grama. 

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