segunda-feira, 12 de abril de 2010

intenso.

O artista precisa de sofrimento pra produzir sua arte; e assim é o escritor ao produzir seus textos. Se não há dor, nada feito. Ai, ai, ai, pensei. Será que é desse jeito que temos que viver a vida? Será que é preciso ser pisado como o pão foi pelo diabo? Pois bem, eu estou sofrendo. Sentindo uma dor de ausência. Sentindo falta de um sorriso acanhado e tímido depois de um beijo. É uma angústia sem fim. E quando eu me angustio vou para o refúgio. E existe lugar mais mágico e cheio de possibilidades do que a literatura? Lida ou escrita ela me transforma em um ser pensante e heróico. Nela eu posso ser homem, mulher, criança ou idoso. Posso ser triste, feliz. Ou posso ser as duas coisas ao mesmo tempo. Na literatura eu posso sonhar! Basta que eu escreva algumas linhas e pronto! Lá está! Um horizonte, um castelo, uma ilha, posso fazer viagens pra qualquer lugar! Marte, Vênus, Lua e Sol.  Ah, como é bom ler! Como é bom sair da rotina de ser eu por um tempo pra me transformar em personagem. Dia após dia percorremos a vida como quem percorre um corredor. E a literatura nos permite passear pelo corredor da vida devagar, com detalhes, como apreciadores de um bom vinho. Não há como não se esquecer de tudo e de todos depois de se embriagar dela. Está lançado o desafio. Esqueça-se do mundo. Entre nos livros como quem vive um grande amor. De cabeça. E saia deles como quem sai na chuva. Banhado. Da cabeça aos pés.

4 comentários:

  1. Não tem porque ter exatidao, quando é tão intenso como a literatura.Pode ser quem quiser, mas o mais importante, pra mim, é ser você mesmo de uma maneira que não se permite em outro lugar.
    Como sempre...otimo!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Não tem nem o que comentar... Ótimo, ótimo e ótimo ! =)

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