quinta-feira, 2 de maio de 2013

ano novo.


Para o fim e o recomeço desejo que seja notável a minha noite. 
Vou fechar meus olhos às 23:59 para dizer que naquele dia eu preguei os olhos.
E abri-los-ei à meia-noite para ver o abismo de outros olhos.
Vou respirar fundo ao cair da noite só pra sentir o ar do novo ano.
Vou cair madrugada adentro embriagando-me de gozo e poesia.
E depois eu continuo, -não o texto, isso faço agora.
Continuo o ciclo. 
Preguiça, cigarro, café morno, dia quente, noite fria, madrugada gélida.
Leve desse lugar, leve dessa alma, todo peso que esconde.
Toda fumaça que inala.      
Todo amor qe corrói.
Toda fome que se instala.
Todo gelo dos corações.
Toda medida que não resta.
Todo amanhã que não nasce, toda noite que não dorme.
Que seja infinto porque dura.
E eterno porque morre.