domingo, 22 de setembro de 2013

uma distração.

Você não sabe o que está falando.
E você, sabe?
Eu sei que a saudade que corrói meu peito, 
mata minha sede de água destilada 
que faz o mesmo efeito em meu corpo.
Meus poros também doem assim.
Ah é? E... por quê?
Porque os meios que te regem fazem de mim escravo do seu cheiro.
E quais são esses meios?
Os de saída; você sempre vai.
Mas eu volto.
Sei que volta, mas por que não me leva de uma vez por todas com você?
Sei que volta, mas por que não me diz sim de uma vez por todas para que eu possa ser seu?
Eu quero... eu realmente quero, mas é que é tão difícil saber quando.

À tardinha, num domingo de muito calor; ouvi sua voz algumas vezes e quase senti seu cheiro depois do perfume doce de minha mãe; eu vi os olhos de cor verde-mel que me deixaram tranquila e feliz em saber que posso vê-los quando durmo e eu até tenho dormido mais por esses dias em que você não se faz presente; eu toquei seus peitos bem definidos e já delineados por minhas mãos. E até ouvi seu riso quando falo-te algo baixo no ouvido. Saudade é saber que te vejo amanhã e amanhã ainda está meio longe de chegar. Saudade é saber que eu sei o que estou falando: é saber que você também sabe e que cada momento em que as coisas não parecem estar bem, você vem e isso significa que até a minha segunda-feira fica bonita.


E as horas são muitas pra alguém que, como eu,
 quer ouvir o barulho das chaves quando você chegar.

Um comentário:

  1. olha, assim até a minha segunda-feira fica mais bonita.

    te amo, meu amor.

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