domingo, 23 de maio de 2010

erótico.

-Acorda, amor. A diária termina em 30 minutos.
-Ah, mas a gente não pode ficar por mais um dia?
-Não, não temos dinheiro, só nos resta pro cigarro.

E realmente não tínhamos. Nada, além de dois reais. O resto fora roubado junto à mochila, ainda na boate.

-Não posso mais viver assim, Malu.
-Sem amolações agora.
-Ah, mas você vai me ouvir.
-Não, é você quem vai me ouvir. Então acha que estou adorando essa coisa toda? Drinks e mulheres gostosas se esfregando em mim por toda a noite, e o que eu faço? Me rendo ao seu jogo, me enfio num carro com pessoas que nunca tinha visto (...)
-Você também quis.
-Não me interrompa!, (...) e agora estou aqui, num drive-in fudido, a roupa vomitada, com dinheiro contado pra comprar um cigarro tão vagabundo quanto eu. Ah, tenha piedade! Não me venha com reclamações nessa altura do dia.
-Desculpe, não se zangue tanto. Venha, vamos transar nesses 15 minutos que nos restam.
-Você, Ciça, sou completamente louca por você. Sua maluca, venha cá.

Enfiei logo os dedos naquela boceta de que tanto gostava. -Parece sujo, mas fazíamos amor-. Tinha cheiro do sexo que fizemos durante horas naquela madrugada. Esfregava seu clítoris com raiva, querendo logo o gozo, era só o que eu ainda podia ter, Cecília gemia baixinho, era um som de deleite que me deixava muito excitada. Me joguei de cabeça em meio àqueles pêlos, estava pouco depilada, eu não gostava tanto, mas estava ali, vamos, até o fim. Língua ali, lambendo tudo, os dedos enfiados no canal.

-Onde é que você estava? Isso, ah, está incrível.
-Cale a boca. Goze pra mim, querida.

Dito isso, gozo. Fim. Fomos embora.

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