segunda-feira, 31 de maio de 2010

na estação.

Fazia frio naquela noite. Frio mesmo. Daqueles em que os pés imploram pelo aconchego do bem amado. Mas tinha uma coisa que era quente. O hálito dela. O que saía de sua boca me aquecia como fogo ardente. Era doce. E meigo. E tinha gosto de amor. Ah, meu Deus, o que é que acontece comigo? Eu nego, renego e depois me entrego inteira a essa paixão. Minha cabeça parece um trem que insiste em parar na mesma estação a cada viagem. Quando é que eu vou tomar outra direção? Quando é que as minhas costas não vão me pedir de joelhos pelo toque de suas mãos? Quando é que eu vou saber que o quê eu mais quero é você? Ah, meu Deus, o que é que acontece comigo? Eu estou louca pra sentir de novo o molde do seu corpo nu em meu corpo nu. Eu estou louca pra que você se enfie inteira em mim. E me aqueça. Com seu fogo ardente. Quero dedos, língua e lábios. Quero seu gosto, de amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário