segunda-feira, 20 de agosto de 2012

despedida.

Seu sorriso de lado, quando mentia, não sai de meus olhos. Se é ela quem você ama, ótimo. Não diga que tenho culpa nisso tudo, não, não diga. Eu acreditei em cada palavra que me disse. Eu acreditei e me doei até mais do que era capaz. Ferida que não fecha, essa que você me deixou. Para te ver feliz, olha onde cheguei. Fui embora. Desisti de você. Sabia que ela te faria mais feliz do que eu jamais pude. Embora, para ela, você tenha sido apenas mais uma, enquanto que, para mim, você era única. Fiz de tudo. Troquei de corpo com você por instantes para que, por instantes, meus pensamentos fossem outros. E nem assim deixei de pensar em como poderia ter sido. Os beijos que não trocamos, o abraço que não demos, o sexo que não queimamos. Tudo dói. Mas o que mais dói é saber que eu ainda te amo. Depois de tudo. Depois de você ter pisado em mim. Depois de você me ter mostrado que para você eu fui apenas um temporal que alaga, mas cessa. Ame quem lhe convier. E continue mentindo com esse sorriso doce que tanto conheço. Vou-me embora, de uma vez por todas. Mas de uma coisa tenha certeza: eu não vou partir por inteiro. Eu vou estar para sempre por aqui. Fingindo amar tantas outras que me aparecerem, mas com o coração sempre seu. Olhe ao redor. E, se achar alguém que te aplauda como eu fiz, alguém que te escreva poemas de amor como eu fiz, alguém que te ame como eu te amei, por favor, me diga. Só assim eu terei a paz em saber que você está feliz e que eu não desisti em vão.