segunda-feira, 27 de agosto de 2012

mais uma perda.

A inconsequência gera consequências. Eu me sinto um lixo no final das contas. Foi imaturidade, foi erro, foi tudo de ruim. E eu hoje perdi algo que vale mais que ouro. Amizade. Uma amizade que mal tinha começado. Estava sendo construída. Mas parece que os tijolos eram de areia e todos eles desabaram. Até onde vai o perdão? Até onde vai a dor? Perder um amigo, alguém que até então confiava em você, cara. Ouvir de alguém que não mais acredita em uma palavra que se diz, dói. Puta que pariu, com o perdão da expressão. É que não vem mais nada aqui, a não ser isso, para demonstrar o meu sentimento. Um p-a-l-a-v-r-ã-o! Eu devia ser muito idiota mesmo, né? Mas eu mudei. Mudei! Sim, as pessoas mudam. Nem todas, mas eu não caibo nessa excessão. Eu só espero que esse tempo seja o bastante para mostrar que a gente é muito maior que tudo isso. Nos conhecemos há tempos, mas antes nem simpatia havia. E depois, depois de constatar o que cada uma era de verdade eu acredito que tudo possa se resolver. As lágrimas escorrem, sorte a minha não estar escrevendo no papel. A raiva de ter escondido algo tão relevante para ela, mas que para mim não passava de um passado que tinha que ser esquecido. O medo de não ter volta. A força que diminui. As vozes que gritam: "Você não vale nada! Morra! Imbecil!" Talvez elas estejam certas. Talvez você esteja certa quando diz que a essencia continua. A minha jaz. Junto com ela o coração acelera, o sangue vai à cabeça, a alma adoece. Se é tempo do que precisa, tempo vai ter. Só espero que não demore tanto. Como já disse, várias vezes, não sei até quando vou aguentar tudo isso. Você é minha âncora, me ajudava a equilibrar em minhas muletas. Não ter você vai ser como perder uma delas. E cair. Ao chão. Para que o primeiro cão venha mijar por cima. Para que as pessoas pisem, como mereço. Para que o caminhão de lixo passe e me leve para o lixão, lugar de onde eu nunca deveria ter saído.