sábado, 15 de junho de 2013

ato falho.


O corpo foi entregue
àquela alma mais bondosa,
nada criminosa, muito menos pecaminosa.
Se eram sete os capitais, 
um deles pode-se cometer, 
problema não houve algum.
Talvez uma órbita vazia,
ou um estômago ainda mais faminto e cru.
Inércia das pernas,
do coração, mais então,
então que os olhos cegam-se
ao ver a luz.
A luz da ideia que tem a mente,
que, insistentemente,
insiste em acreditar no que existe.
E o que está fora de órbita?
está o peito entalado 
de desejos do passado, 
de convenções diretas,
de metas e... que porra é essa?
Eu tento ver pelos olhos deles
que ainda estão fechados,
tento mesmo ver pelos olhos deles,
os meus cegaram-se depois dessa luz!
Que Deus é esse que escolhe os privilégios,
sem ordem de chegada, 
apenas pelo apelo à largada,
apenas em função do não no final das contas.
E, que Deus? Que Deus?
Que Deus persiste em atos falhos,
para um aparato de desgraças na vida seguinte?
Seguinte: eu creio, eu quero crer.
Quero preencher minhas órbitas nisso.
Mas, para isso, para isso,
só peço licença pra ouvir minha própria voz,
e ver os meus próprios espíritos.

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