segunda-feira, 27 de setembro de 2010

muita hora nessa calma.

Não olho pra trás. O passado está em seu devido lugar. No ontem. Hoje? O sol nasceu belo e quente. E, com muita hora, me levantei disposta a dizer sim. Assim, na calma, digo sim a tudo que me oferecerem. Quero paz pro meu espírito, dinheiro pro meu bolso, amor pro meu coração. Início e meio e fim. Romperam-se os laços antigos e venho numa saga difícil de se trilhar. A dor existe. O ódio, também. Mas as estrelas existem. E a canção, também. Não posso me esquecer do meu propósito. Ser prosa e poesia. Letra e melodia. Dia e noite. Penumbra e luz. Chega de sombras. Eu quero mais. Deixo você pra quem te quiser. Porque eu não quero mais. Nem que você se ofereça a mim eu direi sim. Não, você é uma ilusão. E pra ilusão eu digo não. Acordei disposta a isso. Com muita serenidade me embriago entre um cigarro e outro. Tenho o gosto do prazer nas minhas mãos trêmulas e cheias de calos. Tenho o gosto da fome entre uma lágrima e outra. Eu sou uma triste coisa desgraçada. E hoje, só por hoje, eu quero ficar só. Meu dia tem mais de vinte e quatro horas. E, durante essas muitas horas, eu quero calma. Eu vivo essa calma. E ela me faz bem. Assim como você me costumava fazer há tempos. Enquanto digo sim a tudo que me oferecem, aprendo a dizer não à vitória. O fracasso me excita muito mais. É como um arrepio. Perto da nuca, boca quente, sopro frio. Eu vou dizer sim ao seu conselho de manter a calma. E você, siga meu conselho de me deixar pra sempre. Para todo o sempre. Amém.

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