quinta-feira, 5 de julho de 2012

espera.

Lá estava ela. Ontem, chorando. Hoje, esboçando um sorriso. Amanhã? Espero vê-la radiante. Até que chegue o fim. E o fim de quê? Da noite? Do dia? A menina de olhos grandes. A menina de olhos sinceros. A menina que olha por baixo, desviando sempre o olhar, mas que pensa alto. Desculpe, meu bem. Mas não quero ver seus belos olhos chorando. Não! Quero ouvir seu sorriso branco. Quero sentir o cheiro da sua felicidade. Vem, me dê a mão. Eu não bebo. Eu paro de fumar. Você não está só. Vem, me dê a mão. Abraça-me forte. Eu olho para você e vejo lá na frente. O presente pede para que a gente se guarde. Aguarde. E eu sei esperar. Mesmo que esse dia nunca chegue. Mas se o presente me diz não, o meu coração enxerga que sim. O que impede? As sombras do seu passado? Ou as sombras do meu? Ah! Faz chover! A espera é mais triste, mas faz mais barulho do que o seu silêncio.