quinta-feira, 19 de julho de 2012

fulgor.

Deixa a luz entrar, menina! Abre as cortinas! Chega de poço. Chega de sombras. O sol nasce todos os dias e você com essas janelas fechadas. Banhe-se. Perfume-se. E pronto! Venha brilhar. Sonhe alto. Mas cuidado para não alçar voo. O tombo quando se sobe demais é bem mais doloroso. E, cara! Essa menina para quem escrevo sou eu mesma! É preciso que eu fale a mim, que eu me arraste em lama para chegar a conclusão de que sim. Sim, sim. Ainda sou sua. E é você quem faz com que minhas janelas permaneçam fechadas. Que meus olhos só enxerguem os faróis que são os seus. Que meus lábios implorem pelo toque dos seus. Perdoe-me. Mas eu não consigo fingir. E se eu te dissesse que você ainda é o motor do meu peito, o sangue em minhas veias, os meus pés. Você acreditaria?