Eu sinto-me cansada.
Na alma.
As pilhas acabaram.
Do relógio.
Das pernas.
Nas mãos há bateria.
De sobra.
E eu escrevo.
De cansaço.
O sangue sobe.
E eu juro não mais jurar.
Pelo infinito.
Azul.
E pela estrela vermelha.
Que brilha no meu peito.
E que muda mais.
-O que ela falou?
-Dilma muda mais.
-Muda, o que?
-Muda, mais.
(...)
Eu tenho o grito.
Eu tenho o sol que arde.
Eu tenho cachaça.
Conhaque.
Sobra das sobras de ontem.
Eu tenho o mundo.
Eu tenho a estrela vermelha.
Que brilha no meu peito.
E eu juro não mais jurar.
Pelo infinito.
Pilhas, eu compro.
E minhas pernas voltam a correr.
Pelos que sobram.
Pelos que permanecem.
Eu tenho fé.
Eu acredito.
Que Dilma muda mais.
Não entendeu?
M-U-D-A M-A-I-S.
Em letras garrafais.
Separadas.
Que é pra não restar dúvidas.
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