segunda-feira, 20 de outubro de 2014

relatos insensatos.

Eu te ofereci tudo. Até amor. O que há de mais sincero em mim. Em sotaques, línguas, liberdades e paisagens. Será que hoje ainda chove? O trovão roncou que eu escutei... Pois bem. É tarde. E eu estou comigo, Deus e só. Ao restante da casa resta confortar Leca e Luiz, que dormem. Oh! Está um fogo! O calor queima, aquece; sem dar vista à luz. Há apenas a da cabeceira, que é azul. Minha mente, às vezes, sente vontade de imaginar, criar, de ser criativa. A verdade é que o que escrevo não agrada a muitos. São relatos insensatos de alguém que teve tanta fé que aqueles eram ventos de chuva, que, neste momento, ela cai. Faz barulho o silêncio. E eu tenho medo de querer pular. Mas parece que vai cair. Tudo. E alguém vai achar esse papel. Com esse meu jeito de ver o mundo. Chove lá fora. E ela está aqui dentro. Protegida. Nada faz parecer cair. E o céu vermelho é espelho da cor realmente mais quente. Azul é água. Refresca. Vermelho é fogo. Que ilumina meu coração e me faz pulsar a boceta. E eu queria ver a lua. Mas tantas são as nuvens que a escondem e pedem a brisa para ficar. Fico surpresa com a mistura forte e doce de meu querer. Fica? Junte-se à brisa. E agora me refresca o corpo como faz a chuva. Diz que é pra eu não ir e o mundo vai se abrir num largo sorriso meu. Meu choro não é em vão. É solidão. A madrugada cai, como o calor; calor. Quando o carnaval chegar, eu não sei se estarei só. Talvez o vento leve a brisa do meu peito. Mas eu desejo-a aqui. É madrugada. E faz calor; calor. A chuva faz subir o bafo. Sinto-me abafado; pele, alma, coração.

M.A.J.V.Kaisen

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