sexta-feira, 25 de maio de 2012

caro.

A passagem do tempo dói. Ofereci minha cara a tapas e, diacho! Minhas metades foram apedrejadas. Esqueci de tudo, até de mim. Mas aquele velho sentimento continua aqui. Ouvi dizer que não existe amor eterno. Um dia ele se acaba, é inevitável. Então quando é que o meu vai partir? Ele insiste em permanecer. Imóvel. Intacto. Poeira que não se vai com o vento. Também ouvi dizer que o tempo cura. Eu pergunto: quando? Repito, essa passagem do tempo é doída! Parece que podem passar dias, semanas, meses, anos. E nada. Nada desse peito descansar. Temo sucumbir. Eu pago um preço muito alto por desejar o que não me pertence.